ATA DA QUADRAGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
04-6-2007.
Aos quatro dias do mês de junho do ano de dois mil e
sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Dr. Raul, Elias Vidal, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João
Antonio Dib, José Ismael Heinen, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria
Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Neuza Canabarro e Professor Garcia.
Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os
trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elói
Guimarães, Ervino Besson, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria
Luiza, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Newton Braga Rosa, Nilo Santos,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados:
pelo Vereador Adeli Sell, o Pedido de Providência nº 1485/07; pelo Vereador
Aldacir Oliboni, o Pedido de Providência nº 1487/07; pelo Vereador Carlos Comassetto,
o Pedido de Informação nº 089/07 (Processo nº 3487/07) e o Pedido de Providência
nº 1486/07; pelo Vereador Ervino Besson, o Pedido de Providência nº 1483/07;
pelo Vereador João Antonio Dib, o Pedido de Providência nº 1482/07; pelo
Vereador José Ismael Heinen, o Pedido de Providência nº 1484/07; pela Vereadora
Maria Celeste, o Pedido de Informação nº 088/07 (Processo nº 3486/07) e os Pedidos
de Providência nos 1475, 1476 e 1477/07; pela Vereadora Maria Luiza,
o Projeto de Lei do Legislativo nº 064/07 (Processo nº 1920/07); pela Vereadora
Neuza Canabarro, o Pedido de Providência nº 1478/07; pelo Vereador Professor
Garcia, o Projeto de Resolução nº 050/07 (Processo nº 2953/07); pelo Vereador
Sebastião Melo, os Pedidos de Providência nos 1479, 1480 e 1481/07.
Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 5317, 5331, 5345, 5361 e
5381/07, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. A seguir, a Senhora
Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Valter Ferreira da
Silva, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Condutores de Utilitários em
Duas ou Três Rodas, Motorizados ou Não, de Porto Alegre, Grande Porto Alegre e
Região/RS – SINDIMOTO/RS –, que, mencionando os altos índices de acidentes de
trânsito envolvendo a categoria representada por Sua Senhoria, discorreu acerca
da necessidade de se proporcionar plano de saúde com cobertura adequada para os
danos físicos causados por esses acidentes nos condutores profissionais de
motocicletas. Nesse contexto, propugnou por modificações na legislação vigente,
no sentido de facilitar o acesso da categoria a benefícios que garantam sua
qualificação e aumento da sua segurança. Na oportunidade, nos termos do artigo
206 do Regimento, os Vereadores Claudio Sebenelo, José Ismael Heinen, Aldacir
Oliboni, Dr. Raul, Mario Fraga e Professor Garcia manifestaram-se acerca do
assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às quatorze horas e vinte e sete
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quatorze horas e vinte e oito minutos, constatada a existência de quórum. Na ocasião,
a Senhora Presidenta registrou o transcurso do aniversário, no dia primeiro de
junho do corrente, do Vereador Bernardino Vendruscolo, procedendo à entrega, em
nome da Mesa Diretora, de um cartão de felicitações a Sua Excelência. Em
continuidade, foram apregoados os Memorandos nos 138 e 139/07,
firmados pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto
Alegre, por meio dos quais Sua Excelência informa as Representações Externas,
respectivamente, do Vereador Carlos Comassetto, às quatorze horas de amanhã, no
Grande Expediente relativo ao Dia Mundial do Meio Ambiente, a ser realizado na
Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, e do Vereador Ervino
Besson, às dezenove horas do dia seis de junho do corrente, em evento relativo
à Data Nacional da Itália, a ser realizado no Museu de Arte do Rio Grande do
Sul. Após, foi iniciado o GRANDE EXPEDIENTE, tendo a Senhora Presidenta
informado que, durante esse período, seria assinalado o transcurso do
octogésimo aniversário da Federação de Agricultura do Estado do Rio Grande do
Sul – FARSUL. Compuseram a Mesa: a Vereadora Maria Celeste, Presidenta da
Câmara Municipal de Porto Alegre; os Senhores Carlos Rivaci Sperotto e Gedeão
Silveira Pereira, respectivamente Presidente e Vice-Presidente da FARSUL. Em
GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Elias Vidal congratulou a Federação da
Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul pelo seu octogésimo aniversário,
elogiando a contribuição dessa entidade para o desenvolvimento econômico do
Estado e historiando seu crescimento, desde sua fundação, em mil novecentos e
vinte e sete. Sobre o tema, destacou a relevância da agricultura no processo de
combate às desigualdades sociais e à fome. Na oportunidade, a Senhora
Presidenta registrou a presença, neste Plenário, do Senhor João Bosco Vaz,
Secretário Municipal de Esportes, Recreação e Lazer, convidando Sua Senhoria a
integrar a Mesa dos trabalhos. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Elói Guimarães,
homenageando o trabalho realizado pela FARSUL em prol da evolução agrária e
econômica do Rio Grande do Sul ao longo dos últimos oitenta anos, frisou a
qualificação profissional e o enfoque dado por sua Diretoria à realidade do
Estado. Em relação ao assunto, salientou a colaboração da FARSUL nas
negociações envolvendo os Governos Estadual e Federal, no intuido de serem
minimizadas as dificuldades atualmente enfrentadas na agropecuária gaúcha. Em
prosseguimento, a Senhora Presidenta concedeu a palavra ao Senhor Carlos Rivaci
Sperotto, que, em nome da FARSUL, agradeceu a homenagem hoje prestada pela
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e sete minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e nove
minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, foi iniciado o período de
COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do octogésimo aniversário
da Sociedade Ginástica Navegantes São João, nos termos do Requerimento nº
038/07 (Processo nº 1795/07), de autoria do Vereador Mario Fraga. Compuseram a
Mesa: a Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto
Alegre; o Senhor Milton Ogliari, Presidente da Sociedade Ginástica Navegantes
São João; o Senhor João Bosco Vaz, Secretário Municipal de Esportes, Recreação
e Lazer, representando o Senhor Prefeito Municipal; o Senhor Manfred Florick,
Presidente da Sociedade Amigos do Mar. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Mario Fraga
explicou os motivos que o levaram a propor a presente homenagem, recordando a
época em que Sua Excelência, por ser Presidente do Belém Praia Clube, tinha
estreita vinculação com a Sociedade Ginástica Navegantes São João. Da mesma
forma, aplaudiu o crescimento, nos seus oitenta anos de existência, da
estrutura física e das opções de esportes e recreação disponibilizadas por esse
clube a seu quadro de associados. O Vereador Mario Fraga, em tempo cedido pelo
Vereador Dr. Raul, dando continuidade a seu pronunciamento relativo aos oitenta
anos da Sociedade Ginástica Navegantes São João, parabenizou a Diretoria desse
clube pelo trabalho realizado, ressaltando que os esforços para preservação e
melhoria dessa entidade devem ser reconhecidos por todos, em face de exigirem
muita dedicação pessoal de seus integrantes. O Vereador Claudio Sebenelo
congratulou a Sociedade Ginástica Navegantes São João pelo seu octogésimo
aniversário, discursando acerca das origens dos clubes sociais de Porto Alegre
fundados no início do século passado, voltados, em sua maioria, à ginástica e
aos esportes náuticos. Nesse contexto, analisou a contribuição de entidades
associativas de caráter recreativo e esportivo na formação e na diminuição dos
índices de violência e no uso de drogas na juventude. Na ocasião, a Senhora
Presidenta registrou a presença, neste Plenário, do Senhor Clóvis Delardo,
ex-Presidente da Sociedade Ginástica Navegantes São João. Em COMUNICAÇÕES, o
Vereador Elói Guimarães comemorou a passagem do octogésimo aniversário da
Sociedade Ginástica Navegantes São João, realçando as atividades desenvolvidas
por essa instituição e enfatizando a relevância social das entidades
esportivas. Em relação ao assunto, afirmou que esse tipo de agremiação promove
o convívio e a interação fraterna entre os seres humanos, asseverando que,
dessa forma, é estimulado o fortalecimento dos laços familiares. O Vereador
Professor Garcia, historiando a fundação e o desenvolvimento da Sociedade
Ginástica Navegantes São João, recordou que essa instituição dedicou-se
intensamente à ginástica e ao atletismo, entre outros esportes, e mencionou
atletas ilustres vinculados a essa Sociedade. Da mesma forma, frisou a
importância da Sociedade Ginástica Navegantes São João no desenvolvimento da
região em que se encontra, lembrando que atualmente ela propicia relevantes
atividades de cunho social. Na ocasião, a Senhora Presidenta concedeu a palavra
ao Senhor Milton Ogliari, que, em nome da Sociedade Ginástica Navegantes São
João, agradeceu a homenagem hoje prestada pela Câmara Municipal de Porto
Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Dr. Goulart discursou a respeito da
saúde pública em Porto Alegre, aludindo ao possível afastamento do Senhor Pedro
Gus, Secretário Municipal da Saúde, e manifestando sua preocupação com a
participação dos funcionários da área médica na greve dos municipários. Também,
apoiou os servidores municipais, conclamando os Senhores Vereadores a se
mobilizarem para evitar que os funcionários que atuam no Centro de Saúde da
Vila dos Comerciários sofram represálias por parte do atual Governo Municipal.
Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Carlos Comassetto reportou-se ao início, hoje, da
Semana do Meio Ambiente, ressaltando o valor das políticas públicas relativas
ao tema e mostrando-se favorável às ações que regulam a prática da silvicultura
no Rio Grande do Sul. Além disso, apontou a necessidade de que a Prefeitura Municipal apresente estudos relativos
às Áreas Especiais de Interesse Ambiental de Porto Alegre, denunciando a ocorrência
de devastação do meio ambiente em regiões da Cidade ocupadas irregularmente. O
Vereador Carlos Todeschini opinou que o Prefeito José Fogaça deve participar ativamente
das negociações entre a Prefeitura e os municipários, enaltecendo o trabalho
desses servidores na administração na Cidade. Também, atribuiu os problemas
relativos à saúde pública de Porto Alegre a deficiências na gestão governamental
desse setor. Finalizando, abordou a passagem da Semana do Meio Ambiente,
mencionando atitudes ecologicamente corretas que podem ser adotadas individual
ou coletivamente. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: Em 1ª Sessão, os
Projetos de Resolução nos 041/07, discutido pelo Vereador Guilherme
Barbosa, 046/07, discutido pela Vereadora Margarete Moraes, e 049/07, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 063/07, discutido pelos
Vereadores Claudio Sebenelo, Carlos Comassetto e Márcio Bins Ely, e 069/07, discutido
pelos Vereadores Claudio Sebenelo e Márcio Bins Ely, o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 009/07, discutido pelo Vereador Guilherme
Barbosa; em 2ª Sessão, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/02, discutido
pelo Vereador Guilherme Barbosa, o Projeto de Lei do Legislativo nº 065/07; em
3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 045, 070, 078 e
080/07. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Adeli Sell criticou os resultados
das negociações entre os municipários e o Executivo Municipal, realizadas hoje
na reunião da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL, alegando
que os salários recebidos pelos funcionários são insuficientes e não atendem às
necessidades dessa categoria. Igualmente, apontou deficiências de gestão nas
áreas da saúde e transporte e noticiou a apresentação de propostas de sua
autoria, relativas ao Código Municipal do Meio Ambiente. O Vereador Mario Fraga
discorreu sobre a greve empreendida pelos municipários de Porto Alegre, afirmando
que parte da reposição salarial solicitada por esses servidores refere-se a
perdas ocorridas em gestões anteriores ao atual Governo. Ainda, citou propostas
de reajuste salarial apresentadas a essa categoria pelo Prefeito José Fogaça,
sublinhando que os índices orçamentários para gastos com pessoal são limitados
pela legislação federal. O Vereador Claudio Sebenelo replicou críticas ao
Secretário Beto Moesch, efetuadas pelo Vereador Carlos Comassetto, em
Comunicações, declarando que o meio ambiente de Porto Alegre sofreu sérias
agressões no período em que o Partido dos Trabalhadores se encontrava à frente
do Governo Municipal. Sobre o assunto, lembrou discussões realizadas nessa
época, atinentes ao cercamento do Parque Germânia e à construção do Complexo
Comercial e Habitacional Projeto Hermes. O Vereador Professor Garcia comentou
reunião ocorrida hoje na Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do
MERCOSUL, com representantes do Governo Municipal e dos municipários de Porto
Alegre, asseverando que evoluíram as buscas de soluções que viabilizem o término
da greve dessa categoria. Nesse sentido, abordou propostas então debatidas,
enfatizando a instauração de comissão paritária do Poder Executivo e
servidores, para análise da situação financeira do Município. O Vereador João
Antonio Dib teceu considerações acerca das políticas ambientais desenvolvidas
em Porto Alegre, criticando a gestão realizada nessa área pelo Partido dos
Trabalhadores quando na direção da Prefeitura Municipal. Além disso, examinou
questões atinentes às verbas orçamentárias com que conta a Cidade, em especial
no setor de saúde, ressaltando que a presença de superávit primário não implica
necessariamente em maiores recursos para investimentos públicos. O Vereador
José Ismael Heinen relatou a solenidade efetuada hoje pelo 3º Regimento de
Cavalaria do Exército, para entrega ao Comando Militar do Sul da Bandeira trazida
por soldados brasileiros em missão de paz no Haiti. Também, saudou a Resolução
nº 1.979/06, que denomina Soldado Expedicionário Arthur Lourenço Stark o acesso
de veículos desta Casa e, finalizando, elogiou Ato Público de Repúdio à
Corrupção, ocorrido na Escola Superior da Magistratura, no dia primeiro deste
mês. Na ocasião, foram apregoados os
Memorandos nos 145, 146 e 147/07, firmados pela Vereadora Maria
Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio dos quais Sua
Excelência informa as Representações Externas deste Legislativo,
respectivamente: da Vereadora Neuza Canabarro, amanhã, na Cerimônia
Comemorativa ao Tombamento da Rua Gonçalo de Carvalho – Patrimônio Histórico,
Cultural e Ecológico – e assinatura do Decreto de Tombamento da Rua João Mendes
Ouriques, e no dia seis de junho do corrente, na solenidade de reinstalação da
2ª Delegacia de Polícia, na Avenida Getúlio Vargas; e do Vereador Dr. Raul, hoje,
na Cerimônia de Abertura Oficial da 23ª Semana do Meio Ambiente, na Federação
das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul – FAMURS. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Dr. Raul aplaudiu a promoção, por esta Câmara
Municipal, do Seminário
Gravidez na Adolescência e analisou os serviços públicos de saúde a que tem
acesso a população, avaliando dificuldades enfrentadas pelo Pronto Atendimento Cruzeiro do
Sul e citando visitas ao Grupo Hospitalar Conceição, efetuadas por integrantes
da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Ainda, manifestou-se acerca do movimento
grevista dos municipários de Porto Alegre. A seguir, constatada a existência de
quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal, formulado
pela Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria
constante na Ordem do Dia, conforme definido pelo Colégio de Líderes. Em
Discussão Geral e Votação Nominal, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo
nº 025/05, com Veto Total, o qual, após ser discutido pelos Vereadores Sebastião
Melo, João Carlos Nedel, Adeli Sell, Claudio Sebenelo, Luiz Braz, Guilherme
Barbosa, Sofia Cavedon, José Ismael Heinen, Elias Vidal e Márcio Bins Ely, teve
declarado encerrado seu período de discussão e, em face da inexistência de
quórum, sua apreciação suspensa. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar
do Legislativo nº 025/05, a Vereadora Margarete Moraes cedeu seu tempo de
discussão ao Vereador Adeli Sell. Também, foram apregoadas as seguintes Emendas,
de autoria do Vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP: de nº 05, ao
Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/06 (Processo nº 0982/06); de nos
04 e 05, ao Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 012/06 (Processo nº 3168/06). Ainda, foi apregoada a Subemenda
nº 01, de autoria do Vereador Adeli Sell, Líder da Bancada do PT, à Emenda nº
02, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 012/06. Às dezoito
horas e vinte e nove minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo,
em verificação solicitada pelo Vereador Alceu Brasinha, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos,
convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira,
à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelas Vereadoras Maria Celeste
e Neuza Canabarro e secretariados pelos Vereadores
Alceu Brasinha e Aldacir Oliboni. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos à
O Sr. Valter Ferreira da
Silva, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Condutores de Utilitários em
Duas ou Três Rodas, Motorizados ou Não, de Porto Alegre, Grande Porto Alegre e
Região/RS - Sindimoto/RS -, está com a palavra, pelo tempo regimental de dez
minutos, para tratar de assunto relativo ao plano de saúde para os
motociclistas e ao seguro obrigatório para licenciamento do veículo - DPVAT.
O
SR. VALTER FERREIRA DA SILVA:
Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero fazer uma
saudação especial ao Presidente da Farsul, que se encontra presente, aos demais
colegas que aguardam; quero cumprimentar a imprensa, os assessores desta Casa,
os telespectadores da NET. Mais uma vez, em nome da minha categoria, os
motobóis, quero agradecer por esta oportunidade, a qual nos honra muito. Antes
de entrar no assunto a que me propus a vir falar, quero, mais uma vez,
agradecer aos Srs. Vereadores e às Sras Vereadoras pela aprovação da
nossa Lei, a nº 10.115, que trará grande ganho para a minha categoria,
inclusive na redução de acidentes. Mas o assunto que me traz hoje é,
exatamente, a continuidade dos altos índices de acidentes e a falta de uma
cobertura médica para toda a minha categoria. Durante muito tempo, ficamos
procurando entre uma entidade e outra, responsável pelos planos médicos, e,
quando citávamos que se tratava dos motobóis, infelizmente, nós não tivemos uma
abertura para poder conseguir um convênio ou um plano médico para os nossos
trabalhadores. Até que, depois de muitas negociações, conseguimos, através da
Ulbra, um plano que atende a todas as nossas necessidades, inclusive
hospitalares e de exames mais detalhados, em casos que sejam necessários.
Sendo
assim, Srª Presidente e Srs. Vereadores, a gente encontra ainda dificuldades de
se conseguir esse plano médico em virtude de empresas específicas no ramo de
telentrega não ter muito poder de barganha com os tomadores de serviço. Isso se
dá devido ao alto número de profissionais, o que faz com que as empresas
reduzam o valor da tarifa com o que eles não conseguem aderir ao convênio
médico por não conseguirem cumprir a essa reivindicação da categoria. Mesmo ela
constando em convenção coletiva, mesmo que o Sindicato vá à Justiça solicitar
um ajuizamento de ação de cumprimento, assim mesmo as empresas vêem dificuldade
no seu cumprimento.
Deixo
bem claro que não estou aqui para defender a categoria dos empresários e, sim,
buscar para a minha categoria aquilo que é de suma importância nos dias atuais,
que é esse plano médico. Temos vários colegas que quebraram perna, braço e,
devido às filas do INSS, à falta de um atendimento rápido, o osso volta a
calcificar e eles ficam com defeito nas pernas, nos braços, atrapalhando até o
futuro do seu desempenho no trabalho.
Então,
senhores, eu peço o apoio desta Casa, mais uma vez, assim como quando nós
pedimos para aprovar a Lei nº 10.115, para que se faça uma Emenda a essa Lei
para que nós possamos ter um convênio médico, um plano de saúde que é de suma
importância. Dentro da Lei nº 10.115, nós já conseguimos o seguro obrigatório,
agora nos falta um plano médico. E a entidade que nos abriu as portas e nos
concedeu um plano médico com cobertura total, como já disse, e volto a dizer,
onde encontramos todo o apoio, foi a Ulbra.
Quero
relatar para os senhores que, na última publicação feita, no dia 31 de maio,
foi divulgado que entre 1º de janeiro e 27 de maio deste ano tivemos 56 mortes
no trânsito, das quais 24 são de motociclistas. Devo dizer aos senhores que não
podemos assumir todas essas mortes, já que entre esses há pessoas que não
trabalham como motobóis e também se envolvem em acidentes, mas não excluo a
minha categoria dessa responsabilidade. Nós convivemos com essa diversidade,
estamos perdendo para o trânsito, e queremos, com o apoio dos senhores,
conquistar esse objetivo.
Para que os senhores tenham uma idéia, o seguro DPVAT, que é o seguro obrigatório pago no licenciamento do veículo, o Sindimoto trabalha buscando esse benefício aos motobóis. No ano passado, nós pagamos, para 98 sócios, 198 mil reais, e, para este ano, 1 milhão 430 mil. Esse número é bonito de se falar em termos de conquista financeira, mas feio de se dizer, porque isso mostra uma realidade de acidentes que a gente poderia estar evitando.
Então,
Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero enfatizar a importância
de nós conquistarmos esse benefício. Quantos de nós poderíamos, hoje, estar com
as nossas pernas e braços restabelecidos, se tivéssemos um atendimento à altura
e no momento correto. Se continuarmos dessa forma, teremos, cada vez mais,
profissionais com seqüelas no futuro, e, de repente, sem as mínimas condições
de desempenhar a sua função a contento, podendo até, em virtude dessa dificuldade,
voltar a se envolver em outros acidentes que a gente não gostaria de ver.
Já
é do conhecimento dos senhores, mas eu repito: somente na cidade de Porto
Alegre nós temos 20 mil profissionais atuando nesse setor. E também é do
conhecimento desta Casa, eu tenho certeza, de que com o fechamento das fábricas
de calçados no Vale do Sinos, os trabalhadores desse setor, quando receberem as
suas indenizações, comprarão motos, as equiparão com os equipamentos
necessários, sem qualquer conhecimento ou ensinamento prático sobre o veículo,
se aventurarão sobre ele no sentido de auferir valores para dar continuidade ao
sustento das suas famílias, e serão esses que acabarão se envolvendo em
acidentes.
Hoje
eu estou acompanhado do meu capacete, o mesmo que será incluso na Resolução nº
219, que trata da segurança dos motobóis, mas eu saliento aos senhores que não
é somente o capacete que vai nos livrar de acidentes; ele contribui devido a
sua sinalização. Se a nossa categoria - assim que a Lei nº 10.115 entrar em atividade,
ou seja, sendo ela regulamentada - tiver condições de ser treinada, qualificada
para o desempenho da função, tenho certeza absoluta de que nós vamos contribuir
bastante para a redução dos acidentes. E, ainda, se tivermos,
concomitantemente, a oportunidade, mais uma vez, do apoio desta Casa com a
implementação do plano de saúde que nós tanto buscamos e queremos, temos
certeza absoluta de que qualquer que seja a seqüela, por se envolver em
acidente, com um atendimento rápido e com o atendimento das necessidades, esses
profissionais, na maioria jovens de 18 a 25 anos, ficarão com uma seqüela, mas
com menor intensidade em relação às de hoje.
Sendo
assim, senhores, a gente mais uma vez agradece a esta Casa por esta
oportunidade. Quero cumprimentar e agradecer às Sras Vereadoras e
aos Srs. Vereadores pela aprovação da Lei nº 10.115; quero agradecer o assessor
da Prefeitura, Valdir Júnior, que se faz presente; e também me encontro
acompanhado das duas responsáveis, a Srª Mirza e a Srª Simeana, pelo nosso
convênio médico, que trabalham, a partir de hoje, buscando implementar essa
questão muito importante para nós e para minha categoria.
Fui
bem sucinto nas minhas colocações, mas me coloco à disposição dos Srs.
Vereadores para relatar ou esclarecer aquilo que os senhores entenderem e
julgarem necessário. Da nossa parte, em nome da minha categoria, Srª
Presidenta, eu quero agradecer a esta Casa, aos telespectadores da TVCâmara, à
imprensa, a todos que me concederam esta oportunidade. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Agradecemos
ao Sr. Valter Ferreira da Silva, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Condutores de Utilitários em Duas e Três Rodas, Motorizados ou Não, de Porto
Alegre, Grande Porto Alegre e Região/RS e o convidamos para fazer parte da
Mesa.
O Ver. Claudio Sebenelo
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª Presidenta,
Sr. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores, nós queríamos reconhecer, no seu
trabalho, a luta na busca, em primeiro lugar, para sair da clandestinidade de
um serviço avulso; em segundo lugar, de organizar a sua classe; e, em terceiro
lugar, de defender a sua classe, e isso V. Sa tem feito de forma
impecável. A idéia do plano de saúde é magnífica por todos os motivos, até pela
falência do Sistema Único de Saúde na cidade de Porto Alegre. Quando um jovem
que exercita a profissão de motobói, tem, como necessidade, muitas vezes, um
atendimento de emergência, e esse atendimento de emergência é transferido para
cinco, seis meses, um ano, a inutilidade e a inatividade de um profissional
durante todo esse tempo faz com que seja prejudicial não só individualmente,
mas também a toda uma população que espera muito desse tipo de serviço. Saindo
da clandestinidade, oficializando esse atendimento, V. Sa pode
contar não só com a Bancada do PSDB, mas com esta Câmara inteira, eu tenho
certeza, porque o plano de saúde é o mínimo que se pede para uma profissão tão
arriscada.Essa é uma profissão que pode reverter, e muito, algum momento de
conceito inadequado e transformar esse serviço em exemplo para todo o País, na
sua busca de perfeição e, principalmente, de dignidade à profissão que o plano
de saúde pode lhe conferir.
Meus Parabéns.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro):
Obrigada, Ver. Sebenelo.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Quero
saudar a nossa Presidenta, Vereadora Neuza Canabarro; o companheiro Valter
Ferreira da Silva, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Condutores de
Utilitários em Duas ou Três Rodas, realmente nós discutimos há pouco tempo,
aqui na Casa, um Projeto de Lei que vinha ao encontro das necessidades dos
motociclistas e que, através do desarquivamento solicitado pelo Ver. Sebenelo,
nós pudemos discuti-lo e fazer, inclusive, várias emendas, que acabaram
culminando na aprovação desse Projeto, que ainda não está regulamentado. É de
extrema importância regulamentá-lo, conforme V. Exª falou aqui. Agora, quando
nós tratamos de um plano de saúde, que é salutar, percebemos que esta Casa não
pode exigir - por ser inconstitucional - dos patrões, dos empresários que o
façam para seus funcionários. Mas é de extrema importância que o Sindicato
possa incluí-lo no dissídio coletivo, ou fazer um debate mais amplo sobre o
assunto e estender às demais empresas, como as demais empresas estenderam a
outros ramos, por exemplo, na área da Saúde, aos metalúrgicos, enfim. A área dos
motociclistas é aquela em que se corre mais riscos ainda, pois todo santo dia
nós vemos na Cidade um motoqueiro caído no chão em função de o nosso trânsito
ser violento, e também em função de muitas pessoas não respeitarem o
motoqueiro. Nesse sentido, eu queria dizer que a Bancada do Partido dos
Trabalhadores está disposta a discutir um projeto estratégico na Comissão de
Saúde e Meio Ambiente, da qual eu sou o Vice-Presidente, e tenho certeza de que
o Dr. Raul, Presidente daquela Comissão, aceitará trazer esse assunto para a
Câmara, para que a gente possa evoluir. Muito obrigado, e boa sorte!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada,
Ver. Oliboni.
O Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. DR. RAUL: Exma Srª Neuza
Canabarro, presidindo os trabalhos; Sr. Valter Ferreira da Silva, Presidente do
Sindicato dos Trabalhadores Condutores de Utilitários em Duas ou Três Rodas, é
com satisfação que eu falo em nome da Bancada do PMDB - dos Vereadores
Sebastião Melo, Haroldo de Souza e Bernardino - e também do PP, representando o
Ver. João Dib e sua Bancada. O que eu gostaria de dizer, como médico e
ex-motoqueiro - já passei por acidente, inclusive -, é que sei da necessidade
de um plano de saúde para quem anda numa moto, porque, na realidade, o
pára-brisa da moto é o próprio condutor; é uma situação terrível! Eu queria me
somar à sua solicitação, como médico do trabalho há muitos anos, por acompanhar
os motoqueiros que têm acidentes gravíssimos, com seqüelas gravíssimas. A gente
sabe que o serviço, principalmente o dos motobóis, é uma necessidade muito
grande para toda a sociedade atualmente, em função do tráfego e da necessidade
de agilidade que as coisas têm que ter. Eu quero me somar a tudo que for
necessário, assim como a nossa Bancada, e também a do PP, para que a gente
possa, de uma maneira única, tornar realidade, ou pelo menos ter uma pequena
participação - seja pela Comissão de Saúde da Câmara, ou por ações individuais
ou coletivas -, porque é uma contribuição necessária para essa categoria. Muito
me alegra o seu interesse em trazer este assunto para que esta Casa, de alguma
maneira, possa ajudar a trazer mais saúde para essas pessoas que também
desempenham um excelente trabalho nas ruas de Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Ver.
Dr. Raul.
O Ver. Mario Fraga está com a palavra, nos termos
do art. 206 do Regimento.
O SR. MARIO FRAGA: Verª Neuza
Canabarro, Presidenta em
exercício; nosso amigo Valter Ferreira da Silva, Presidente do Sindicato dos
Condutores, a quem nós do PDT e em especial este Vereador, temos apoiado em
todos os projetos. Também temos de deixar claro que é o Dr. Claudio Sebenelo
que tem estado à frente dos projetos desta categoria, a quem parabenizo pela
sua contribuição, e sou mais um que se soma, junto com a Bancada do PDT, aos
seus projetos. Também já falei com o Ver. Márcio Bins Ely, que faz parte da
Comissão de Saúde desta Casa, que também estará lá para nos apoiar e nos ajudar
no que diz respeito a esse plano de saúde para os motoqueiros. Muito obrigado,
Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro):
Obrigada, Ver. Mario Fraga.
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado
Sr. Valter Ferreira da Silva, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Condutores de Utilitários em Duas ou Três Rodas, Motorizados ou Não - Sindimoto
-, quero-lhe dizer que esse assunto é pertinente mas, ao mesmo tempo, deixa-nos
algumas dúvidas, como já conversamos antes. Primeiro, se esta Casa teria ou não
influência sobre a questão do plano de saúde para motoqueiros, porque as
empresas podem tê-lo, mas também se trata de uma adesão voluntária de cada um,
já que haverá a parte da contribuição.
Também
questiono sobre aquele trabalhador autônomo, que teria de ter o seu próprio
plano de saúde. Coloco essas dúvidas para que se comece um processo de
discussão saudável e pertinente, já que todos os dias vemos motoqueiros
perdendo a vida, ou ficando com seqüelas para o resto da vida em função dos
acidentes. Então, a questão do plano de saúde é pertinente. A minha preocupação
é como implementar esse plano de saúde dentro da constitucionalidade. Parabéns.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro):
Agradecemos o Sr. Valter Ferreira da Silva, Presidente do Sindicato dos
Trabalhadores Condutores de Utilitários em Duas ou Três Rodas, Motorizados ou
Não, pela presença, e damos por encerrado o período de Tribuna Popular.
Estão
suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h27min.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro – às 14h28min): Estão
reabertos os trabalhos.
Queremos cumprimentar o Ver. Bernardino Vendruscolo
pelo seu aniversário ocorrido no dia 1º de junho. (Palmas.)
Solicitamos que venha à Mesa para receber uma
lembrança.
(Procede-se à entrega de um cartão de aniversário.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Apregoamos o
Memorando nº 138/07: “Informamos que o Ver. Carlos Comassetto estará
representando a Casa no Grande Expediente Especial Dia Mundial do Meio Ambiente
a realizar-se no dia 05 de junho, às 14 horas, na Assembléia Legislativa do Rio
Grande do Sul. Atenciosamente, Verª Maria Celeste, Presidenta”.
Apregoamos o Memorando nº 139/07: “Informamos que o
Ver. Ervino Besson estará representando a Casa no coquetel por ocasião da Data
Nacional da Itália a realizar-se no dia 06 de junho, às 19 horas, no Museu de
Artes do Rio Grande do Sul. Atenciosamente, Verª Maria Celeste, Presidenta”.
(A Verª Maria Celeste reassume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos ao
Hoje, este período
destina-se a homenagear os 80 anos da Federação de Agricultura do Estado Rio
Grande do Sul, por proposição do Ver. Elias Vidal, aprovado por todos os
Vereadores e Vereadoras desta Casa.
Convidamos para compor a Mesa o Sr. Carlos Rivaci
Sperotto, Presidente da
Federação de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul - Farsul; e Gedeão
Silveira Pereira, 1º Vice-Presidente da Farsul. (Palmas.)
O
Ver. Elias Vidal, proponente desta homenagem, está com a palavra em Grande
Expediente.
O
SR. ELIAS VIDAL: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) Também nos honram com as suas presenças dois
ex-Presidentes da Farsul: Hugo Giudice e João Jardim, que se encontram em nosso
meio; para nós, é uma honra muito grande recebê-los na Casa nesta tarde; Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhores que se encontram nas galerias e, também,
funcionários, técnicos da Farsul, que nos dão a honra de suas presenças nesta
tarde tão linda de sol, neste dia do ano, li uma frase conhecida por todos nós,
lá no Parque de Exposições de Esteio: “A fome se combate com uma agricultura
forte”, mas a fome é uma das coisas que mais está dizimando pessoas sobre a
superfície do planeta.
Para
o nosso conhecimento, a fome é a escassez de alimento que, em geral, afeta uma
ampla extensão de um território, e há um grande número de pessoas que são
dizimadas pela fome. Cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto; há um
bilhão de analfabetos; 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, e, destas, 630
milhões são extremamente pobres, com renda per capita anual bem menor do
que 275 dólares; 1,5 bilhão de pessoas vivem sem água potável; um bilhão de
pessoas passam fome; 150 milhões de crianças estão subnutridas com menos de
cinco anos - uma para cada três no mundo; 12,9 milhões de crianças morrem, a
cada ano, antes dos seus 5 anos de vida. Que tristeza! A gente poderia falar um
pouco mais sobre isso.
Causas
da fome: clima, seca, inundações, terremotos, pragas de insetos e enfermidades
das plantas; causas humanas: instabilidade política; ineficácia da
má-administração dos recursos naturais; os conflitos civis; o difícil acesso
aos meios de produção pelos trabalhadores rurais; as invasões; a utilização da
‘diplomacia dos alimentos’ como arma nas relações entre os países; a relação
entre dívida externa do Terceiro Mundo e a deteriorização, cada vez mais
elevada, do seu nível alimentar; a relação entre cultura e alimentação, e assim
por diante.
Disse,
Borges de Medeiros, aos gaúchos: ‘Senhores criadores, associai-vos, organizai
uma direção central, criai os mecanismos necessários à defesa de nossa
indústria. Individualmente’ - disse ele -, ‘isolados, continuareis a ser fracos
e impotentes, mas organizados e unidos pela solidariedade e cooperação, sereis
uma força invencível”. Que frase fantástica, que inspiração! O que me chamou a
atenção neste texto foi o que ele falou sobre a união, com base na
solidariedade: se separados, ficam enfraquecidos; individualizados, ficam
fracos; mas, unidos pela solidariedade... O que deveria uni-los é a
solidariedade. E foi nesse contexto, então, que surgiu a Farsul.
Em
24 de maio de 1927 é criada a Federação das Associações Rurais. Nós temos
certeza de que o Rio Grande do Sul, que despontou para o Brasil, e é
extremamente respeitado, no Brasil...
Quero
registrar que se encontra em nosso meio, também, o Ver. João Bosco Vaz,
Secretário dos Esportes, que está-nos visitando, nesta tarde, o que para nós
também é uma honra.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Elias Vidal, em
nome do meu Partido, o Partido Progressista, quero cumprimentá-lo pela
lembrança de homenagear os 80 anos da Farsul. A Farsul é um dos alicerces mais
sólidos para o crescimento do Rio Grande do Sul e do Brasil. Cumprimento o
Presidente Sperotto. Saúde e PAZ!
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elias Vidal, eu também,
carinhosamente, em nome da Bancada do PDT, quero saudar V. Exª por esta
brilhante iniciativa. Eu acho que a riqueza do nosso Estado, do nosso Rio
Grande do Sul, passa pela porta número um, pela Farsul. Portanto, eu quero aqui
abraçar, com muito carinho, o Dr. Carlos Sperotto, e, ao abraçá-lo, quero
estender este abraço a toda a sua equipe, pois o que representa a Farsul para a
nossa produção, para a nossa economia, é motivo de muito orgulho, sendo também
motivo de muito orgulho termos pessoas preparadas e de grande competência como
eles. Aproveito para saudar o Secretário João Bosco Vaz, que veio aqui
representando o nosso querido Prefeito Municipal. Sou grato a Vossa Excelência.
O
Sr. José Ismael Heinen: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero agradecer a V. Exa,
nobre Vereador, por me dar esta oportunidade de poder-me dirigir, de
missioneiro para missioneiro, e congratular esses baluartes da agricultura do
nosso País, notadamente do nosso Estado, mas que também vão pelo nosso País,
Dr. Sperotto e o Vice-Presidente, Dr. Gedeão. Os Democratas sentem-se hoje
nessa obrigação de vir aqui, de público, externar os nossos agradecimentos, a
nossa admiração pelas posições da Farsul, pela firmeza, pelos pontos de vista
firmados e pela luta por uma classe para torná-la cada vez mais forte. Sabemos
o quanto nós precisamos que ela seja forte, porque ela é a locomotiva do nosso
desenvolvimento. Parabéns, saúde e sucesso continuado. Muito obrigado.
O
Sr. Dr. Goulart: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elias Vidal, gostaria de
cumprimentá-lo por esta iniciativa. Eu lembrava, ainda há pouco, em termos de
agricultura, quando, na época do Presidente João Goulart, se avizinhava um
grande passo de reforma no Brasil; eu não morava no Rio Grande do Sul, morava
no Rio de Janeiro, e o pessoal do meu colégio dizia: “Ali está o gaúcho, que é
filho do celeiro do Brasil”. E há quanto tempo a gente não ouve mais falar em “Rio
Grande do Sul celeiro do Brasil”! Eu sei que as coisas estão caminhando para
isso, eu sei que a Farsul faz o melhor possível para que isso aconteça. Nós
precisamos, como trabalhistas, pedir que se fixe o trabalhador lá na sua terra
para que ele não venha para os bolsões de miséria em volta das cidades. Então,
nós estamos aqui para cumprimentar a Farsul pelos 80 anos, e dizer: “Temos que
voltar a ser o celeiro do Brasil”. E aí, pela globalização, a ser o celeiro do
mundo, meu querido Carlos Sperotto, meu querido Presidente.
O
Sr. Bernardino Vendruscolo: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Prezado Ver. Elias Vidal,
nossos cumprimentos; falo em nome da Bancada do PMDB, do Ver. Sebastião Melo,
Ver. Haroldo de Souza e Dr. Raul. Falar na Farsul é falar em Sperotto; me
respeitem os demais, mas a Farsul, certamente, tem sido exemplo para outras
entidades de classe de que vale a pena e é possível defender a produção. Outras
entidades, certamente, Dr. Sperotto, não teriam hoje a força que têm, não
fariam hoje as reivindicações que fazem, se V. Exª não tivesse se posicionado
para o futuro. Um abraço.
O
SR. ELIAS VIDAL: O nosso
muito obrigado pela participação dos Vereadores. É uma honra muito grande, e eu
tenho certeza de que a Direção da Farsul se sente honrada pelas falas dos
Vereadores.
Acreditamos,
Srs. Vereadores, que esta Casa não poderia deixar passar em branco esta data
sem prestar um tributo, Dr. Carlos Sperotto, à Farsul, pelos seus 80 anos.
Ninguém tem dúvida de que o Rio Grande do Sul é o que é em termos de respeito
no Brasil, como um povo que tem fibra, um povo que tem garra, um povo
organizado, e isso se deve muito à Farsul. Porque, em uma época em que não
havia a Secretaria da Agricultura... O muito que a Secretaria da Agricultura faz
hoje, a Farsul fez, por muitos anos, sozinha.
Então,
este Vereador, com o apoio dos demais Vereadores, deixa registrado nesta Casa,
Senhora Presidenta, a nossa alegria em prestigiar e prestar esta homenagem a
esses 80 anos, e, na pessoa do Dr. Carlos Rivaci Sperotto, recebam de todos os
Vereadores o nosso abraço. Desejamos à Farsul que, cada vez mais, possa retomar
aquilo que já foi no passado, que passou por dificuldade e, com a sua
presidência, tenho certeza de que está voltando a ser o que era, e, quem sabe,
será muito mais do que já foi. Um abraço de todos nós, obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste):
Obrigada, Ver. Elias Vidal. Registrando a sua presença, convidamos a compor a
Mesa o Secretário Municipal de Esportes, Recreação e Lazer, Ver. João Bosco
Vaz.
O
Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Grande Expediente.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES:
Presidenta, Verª Maria Celeste; ilustre Presidente da Federação da Agricultura
do Estado do Rio Grande do Sul, Carlos Rivaci Sperotto; Sr. 1º Vice-Presidente
da Farsul, Gedeão Silveira Pereira; agora, integrado à Mesa, representando o
Sr. Prefeito Municipal, o Secretário Municipal de Esportes, Recreação e Lazer,
Ver. João Bosco Vaz; também há aqui produtores, produtoras, o Fernando Adauto
Loureiro de Souza, que é Vice-Presidente; João Picoli; diretores; o amigo
Francisco Lineu Schardong; Srª Maria Helena Souza Ferreira, que é conselheira;
ex-Presidentes, Dr. Hugo Giudice Paz; Dr. João Jardim, ex-Secretário da
Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul; Dr. Nestor que é da
Assessoria Jurídica da Farsul; também, aqui, o Sr. Cleber Vieira, que é
Presidente do Sindicato Rural aqui de Porto Alegre; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, senhores e senhoras; de há muito, prezado Presidente Sperotto,
ressentia-se esta Casa de proceder a uma homenagem à nossa Farsul - Federação
da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul -, e nesse sentido quero
cumprimentar o Ver. Elias Vidal, que proporciona à Casa e à Cidade uma reflexão
sobre o papel que vem desenvolvendo a Farsul na defesa dos interesses legítimos
do Rio Grande. E eu tenho dito que a Farsul se transformou numa verdadeira
guardiã do nosso produtor rural e, de resto, do Rio Grande. O Rio Grande nasce
no campo, a primeira indústria, a primeira entidade produtiva do Rio Grande é
exatamente o campo; é ali que nasce o Rio Grande produzindo para o Estado e, de
resto, produzindo para o Brasil e para o mundo; já que na produção primária, na
produção rural muitas divisas ingressam em nosso País para ajudar no
desenvolvimento do Brasil, na questão sanitária, na questão habitacional, na
saúde, etc. É ali, no campo, na atividade rural, com a nossa produção
necessária a outros povos, que começa a se desenvolver um conjunto de
atividades e recursos para, de um modo geral, se desenvolver o Estado e o País.
Não é só para a mesa da população que vem a produção do homem rural, é também
para a economia, para desenvolver outros setores. Então é um momento
extraordinário este em que a Casa homenageia a Farsul. Eu tenho dito: deixem o
homem do campo produzir, deixem o homem rural trabalhar!
E nós vivemos momentos extremamente complicados de
alguns anos até esta data; quando o homem do campo, o produtor rural, com
imensas dificuldades, muitas vezes, têm que se transformar em aparato do Estado
para poder produzir, diante de reiteradas e injustificadas ameaças e agressões.
Todos temos conhecimento da literatura recente, das informações sobre o que se
abateu sobre a atividade rural. Eu sugiro que leiam um livro produzido por uma
senhora da fazenda, da Estância de São Pedro. É necessário que todos leiamos
esse documento para ver que dificuldades tristes enfrenta a produção rural no
Rio Grande do Sul.
O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Gostaria, primeiro, de abraçá-lo e dizer
da minha satisfação em ouvi-lo, porque o senhor coloca pontos fundamentais. O
próprio Governo do Estado, meu irmão, querido amigo, Carlos Sperotto, diz que a
salvação do Estado estaria na sua produção, agora, a atual. A questão
desenvolvimentista depende disso pelo grande número de desempregos no Rio
Grande - Porto Alegre tem, hoje, 240 mil desempregados.
Nós estamos, hoje, promovendo o desenvolvimento,
mais uma vez saindo da indústria de origem extrativa para, novamente, o plantio
dar as cartas, inclusive em matéria de energia, não só no País, mas no mundo
inteiro, e a Farsul está preparada para isso. Meus parabéns, um grande abraço!
Muito obrigado, Ver. Elói Guimarães.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sou grato pelo
aparte de Vossa Excelência.
O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite
uma parte? (Assentimento do orador.) Permita-me, Ver. Elói, em nome da Bancada
do Partido dos Trabalhadores, saudar, também, os 80 anos da Farsul, com muito
trabalho e dedicação. Vida longa! Muito obrigado.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Mas eu também
quero trazer, aqui, um abraço da Bancada do PTB na Assembléia Legislativa,
Presidente Sperotto, através do Deputado Cassiá Carpes, que, convidado, não pôde aqui comparecer.
Srª
Presidenta, Srs. Convidados, Vereadores e Vereadoras, nós estávamos
desenvolvendo um raciocínio exatamente do papel de garantidor, o papel de
segurança que a Farsul, ao longo do tempo, vem fazendo, defendendo o direito de
produzir, escrito na Lei, na Constituição - assegurado na Lei e na Constituição
- e com muitas dificuldades. Em toda essa trajetória magnífica realizada pela
Farsul, pelos seus quadros, pela sua Diretoria, destaca-se essa figura
eminente, fantástica, hoje um grande líder do nosso Estado, que está aqui, que
é o Dr. Sperotto. O Dr. Sperotto tem tido um papel - e o Rio Grande, ali na
frente, haverá de reconhecer - extraordinário na defesa da nossa produção, da
nossa economia gadeira, agrícola, arrozeira, enfim, de todo o nosso processo
produtivo, colocando-se sempre à frente dos movimentos, e com muita coragem,
isso que é importante.
Nós tivemos a oportunidade
de presenciar momentos extremamente delicados, em diversas oportunidades, em
diversos locais, inclusive quando as autoridades federais, o Presidente da
República e tantos outros estiveram aqui, quando da abertura das exposições,
das grandes exposições, feiras feitas aqui, em Esteio, exposições
internacionais, mostrando para o mundo a capacidade de produção do Rio Grande.
Então,
Dr. Sperotto, Presidente da Farsul, e os demais presidentes também - quero
fazer justiça -, mas o Dr. Sperotto tem sido um baluarte, um defensor, um
guardião, pela sua estrutura pessoal, pela sua coragem em enfrentar todo esse
conjunto e essa problemática que angustia o homem do campo. Então, eu gostaria
de dizer aqui que a Farsul é exatamente o instrumento garantidor da
propriedade, da posse e dos direitos dos nossos produtores rurais; não fora
isso, eu não sei onde é que estaríamos. Isso precisa ser dito, Srª Presidenta e
Srs. Vereadores, que a defesa da produção rural no Rio Grande do Sul teve na
Farsul, que agora está fazendo 80 anos, um verdadeiro sustentáculo, um anteparo
na defesa desses interesses.
Portanto,
fica aqui a nossa manifestação, do Partido Trabalhista Brasileiro, de reconhecimento
e, em especial, de justiça à Farsul, à sua diretoria, ao seu Presidente, que
enfrentaram e enfrentam as maiores adversidades e vicissitudes para que o homem
do campo possa produzir. Sem produção não há mesa, não há divisas para o País.
Então,
fica aqui a nossa homenagem, o nosso reconhecimento à Farsul, a toda essa
família da produção rural que enfrenta tantas dificuldades. Não basta o clima,
que muitas vezes leva os esforços da produção, tem de enfrentar, na porteira,
as invasões, porque querem produzir, insistem em produzir. Outros negócios
rendem mais, todos sabemos, está aí o mercado financeiro, etc. e tal, mas o
homem rural do Rio Grande, pela sua história, pela sua destinação, insiste com
a produção rural.
Então,
fica aqui a nossa saudação, e que a Farsul continue sempre firme e vigilante na
defesa dos interesses do Rio Grande, dos interesses da produção e, de resto,
dos interesses do Brasil, que depende muito do agronegócio, que traz recursos e
divisas para se investir em outras áreas como a Saúde e a Educação.
Portanto,
Presidente Sperotto, a homenagem da nossa Bancada e, de resto, da Casa, da
Cidade e do Rio Grande do Sul. Quem quer agradecer é a população de Porto
Alegre, porque quando fala um Vereador, é a Cidade que está falando. Obrigado.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Neste
momento, concedo a palavra ao Sr. Carlos Sperotto, Presidente da Federação da
Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul.
O SR. CARLOS RIVACI SPEROTTO: Exma
Srª Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, Verª Maria Celeste,
agradecemos pelo ato que se realiza, pelo carinho com que aqui somos recebidos.
A nossa Federação, a mais experiente do Brasil, neste momento aqui representada
pelos nossos companheiros... Não tivemos mais tempo para lotar todo este
plenário, tendo em vista o exíguo tempo que tivemos em remanejarmos, por termos
obtido o saca-rápido de Elias Vidal, no momento em que pediu a oportunidade a
esta Casa de fazer uma homenagem em um Grande Expediente à nossa Federação.
Obrigado, Elias, obrigado senhora Presidente.
Saúdo meu
Vice-Presidente, Gedeão, juntamente com dois ex-presidentes, pois comemoramos
80 anos, e ninguém comemora, como entidade, sozinha. Hoje temos a felicidade de
ter Hugo Eduardo Giudice Paz e o Dr. João Jardim, ambos ex-presidentes da nossa
casa, que nos honram com suas presenças, e acredito, gratificados também estão,
juntamente, meus caros Vereadores, com meus companheiros de diretoria - e aqui
eu cumprimentaria, em nome dos Sindicatos que se fazem presentes, o Cleber,
Presidente do Sindicato de Porto Alegre.
A Federação da Agricultura, tendo seu Sindicato em
Porto Alegre, passou efetivamente a ter ações identificadas com o Município;
portanto, a justificativa plena se faz presente neste momento, onde os
Vereadores e Lideranças que fizeram suas manifestações, independente de nos
trazerem uma alegria muito grande com o carinho que nos tratam,
particularmente, eu diria, pelo conhecimento da nossa ação e da nossa
atividade.
Essa indústria, que é uma indústria a céu aberto, é
uma indústria sujeita a intempéries, e se hoje formos olhar, estamos em pleno
outono com neve. Não precisa dizer mais nada. É uma indústria a céu aberto, com
calendário rígido, fixo a produzir. E aqui foi lembrado pelo Ver. Vidal, que
viu uma frase interessante lá na Federação da Agricultura, que seria justamente
aquela que fome se acaba com agricultura forte. E, efetivamente, no nosso
entendimento, acredito que seja também no dos senhores, no sentido de que se
tivermos uma agricultura forte, os resultados aparecerão.
Eu agregaria uma outra frase que temos também, e
que desde 1993 nós adotamos, que é: para a Federação da Agricultura do Rio
Grande do Sul, produtor rural não tem tamanho. E aí eu acredito que existe,
efetivamente, na prática das nossas ações, um convívio muito grande com
produtores de qualquer tamanho. Temos a nossa Federação dos Trabalhadores, que
conosco no Conselho do SENAR desenvolvemos, em conjunto, programas, projetos e
ações dentro de uma integração.
Portanto, isso nos dá a liberdade de chegarmos a
esta Casa, onde as posições desenvolvidas pela Federação poderiam ser até
mal-entendidas em alguns dos atos por parte de alguns.
Mas eu me reportaria a um telegrama que recebemos
de uma Vereadora e entre tantos que recebemos - elegi este porque ele nos
trouxe uma alegria muito grande - onde a Verª Margarete Moraes se refere à
Federação, agradecendo o convite a participar dos atos de início da passagem
dos 80 anos. Recém iniciamos, nós vamos comemorar o ano inteiro. Teremos
oportunidade de maiores momentos de convívio. Mas, dizia a Vereadora, “Envio os
cumprimentos a todos que, ao longo desta longa trajetória lutam para manter a
tradição de um Rio Grande produtivo e generoso”. Recebemos muito bem esta
mensagem e nos traz, portanto, um sentimento de que temos a unanimidade e o
pensamento de que estamos aí com uma missão nobre, uma missão digna, qual seja,
a missão de nós matarmos a fome não só no Brasil, mas também contribuirmos para
matar a fome no mundo.
E aqui também foi lembrado quando o Rio Grande era
celeiro, o Rio Grande foi celeiro, não há dúvida, quando tínhamos um Brasil
litorâneo, mas não podemos esquecer que esse era um Brasil litorâneo, naquele
momento em que dominávamos a produção de grãos e a produção também de pecuária.
Hoje não temos a pretensão de sermos celeiro, porém poderíamos dizer que é a
grande faculdade de produção deste Brasil, pois com a saída de gaúchos para
marcar as fronteiras, não só
agrícolas, mas as fronteiras geográficas, efetivamente, deste País. Hoje, se
percorrermos este Brasil inteiro, agrícola, lá nós temos gaúchos. E o
importante é nos lembrarmos que se o Rio Grande tem dificuldades, hoje - e já
vem tendo dificuldades, justamente na disponibilização de numerário para
circular no nosso Estado - nós vamos encontrar essa evasão construtiva - eu
diria -, pois, até hoje, o Rio Grande, a cada safra que faz, está a remeter
para o Brasil inteiro juventude e tecnologia. Pois muitos que nós, aqui no
Estado, formamos, são técnicos lá, e estes não saem sem dinheiro não, os
excedentes que aqui as matrizes produtivas fazem, estão a remeter para
consolidar a agricultura brasileira.
Os
senhores, como políticos, nos ajudariam bastante, assim como ao nosso Governo
do Rio Grande, seja ele qualquer que seja, em qualquer período, se tornasse
evidente essa posição, não no sentido de contrariedade, mas no sentido de que
tenha de ser levado em conta que, se o Rio Grande hoje passa por dificuldades,
é porque este fato vem sendo praticado há 44 anos. Faz 44 anos que os gaúchos
saem do Rio Grande. E aqui eu diria: mas por que, neste Plenário, nós falarmos
nisso? Acredito que este é o Plenário ideal, este é o Plenário que, justamente,
tem a maior penetração, no que diz respeito à nossa Assembléia e, por decorrência
disso, também, no nosso Congresso Nacional. Eu diria que isso é importante a
cada momento que forem tratar assuntos de economia do Rio Grande, que se leve
essa posição e se coloque, não contestatória, mas que não se esqueça dessa
posição. Eu diria que temos bastante a ver com a homenagem que aqui está sendo
prestada, justiça se faz. Os nossos que, em 1927, por conselho de Borges de
Medeiros, que aconselhou a nos unirmos para podermos ser fortes, de lá para cá,
nós estamos a praticar esse tipo de conselho e escolhemos e elegemos a cidade
de Porto Alegre.
Portanto,
estarmos na Câmara de Vereadores de Porto Alegre recebendo a primeira homenagem
pública, específica da nossa entidade, ao comemorarmos 80 anos, uma grande
alegria nos traz. E nos colocamos e reafirmamos com os senhores e senhoras
Parlamentares, que contem com Federação da Agricultura, na mesma postura que
sempre teve. E que isso, também, meu caro João Bosco Vaz, seja repassado ao
nosso Prefeito, da alegria que temos. Inclusive, há pouco, eu estava
despachando um expediente específico de ações conjuntas na área rural de Porto
Alegre, onde estaremos também com a Prefeitura para desenvolver esses atos.
Portanto, em nome de todos os meus companheiros que aqui estão, o nosso
agradecimento a todos vocês por esse reconhecimento à nossa entidade. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Neste momento, agradecemos a presença dos
senhores e damos por encerrada esta homenagem, no período do Grande Expediente,
lembrando os 80 anos da Farsul.
Estão
suspensos os trabalhos para as despedidas, e convido todos os Vereadores para
tirarmos uma foto. Obrigada.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h07min.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às
15h09min): Estão
reabertos os trabalhos.
Passamos
às
Hoje
é um dia de muita alegria para esta Casa, porque, tanto no Grande Expediente
como no Período de Comunicações, comemoramos os 80 anos de história de duas
entidades da cidade de Porto Alegre, que têm, nos seus trabalhos, uma
relevância histórica. Neste momento, no Período de Comunicações, vamos dar
início à homenagem aos 80 anos da Sociedade Ginástica Navegantes São João, uma
proposta do Ver. Mario Fraga, aprovada pela unanimidade dos Vereadores e
Vereadoras desta Casa.
De
imediato, convido para compor a Mesa o Sr. Milton Ogliari, Presidente da
Sociedade Ginástica Navegantes São João; o Sr. João Bosco Vaz, Secretário
Municipal de Esportes, Recreação e Lazer, Vereador desta Casa, neste Ato
representando o Prefeito Municipal; o Sr. Manfred Florick, Presidente da
Sociedade Amigos do Mar, Soamar.
O
Sr. Mario Fraga, proponente desta homenagem, está com a palavra.
O
SR. MARIO FRAGA: Exma
Srª Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, Verª Maria Celeste; Sr.
Milton Ogliari, Presidente da Sociedade Ginástica Navegantes São João; Sr. João
Bosco Vaz, Secretário Municipal de Esportes, Recreação e Lazer, neste Ato
representando o Prefeito da nossa Cidade; Sr. Manfred Florick, Presidente da
Sociedade Amigos do Mar - Soamar; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
demais autoridades presentes, senhores representantes da imprensa, senhoras e
senhores, público da TVCâmara e público que nos assiste nas galerias, é uma
data muito especial a que estamos comemorando hoje, e vem, Presidente,
inclusive, esta história se unir com a Farsul, uma grande entidade que trabalha
pela comunidade, como a Sociedade Ginástica Navegantes São João, a quem hoje
faço esta homenagem, em parceria com o Secretário Municipal de Esportes, João
Bosco Vaz, que tem uma larga atuação dentro desse Clube, sendo Amigo da
Sociedade.
No
último sábado, Presidente Milton, estiveram presentes, no Baile dos 80 Anos, o
Prefeito Fogaça, o Deputado Federal Enio Bacci, o Deputado Federal Vieira da
Cunha, o Secretário Mauro Zacher e, também, em especial, o Secretário João
Bosco Vaz, que tanto tem lutado pelos clubes, pelas nossas federações e
inclusive pelo nosso esporte amador. É por isso que aqui, na nossa Capital, nós
avançamos muito nesses dois anos e meio que o Secretário João Bosco Vaz está à
frente dessa Secretaria.
Também
aos associados da Sociedade Ginástica Navegantes São João, que estão nos
visitando, fazemos esta homenagem, o que, às vezes, parece que é uma simples
homenagem, mas não é. Depois que o Bosco me falou, a gente começa a pensar e
começa a ver que todos temos história com a Sociedade Ginástica Navegantes São
João. Inclusive eu, Secretário João Bosco Vaz, que comecei a me lembrar e a
falar com o meu irmão, no fim de semana, e nós lembramos, Presidente, que eu
também fui presidente de clube. De 1980 a 1983, eu fui presidente do Belém
Praia Clube e, naquele tempo, para a nossa satisfação, nós visitávamos a
Sociedade Ginástica Navegantes São João, e ela, por sua vez, fez visitas a
Belém Novo, ao nosso clube. Naquela época - não é tão distante assim, há 23, 24
anos -, todos nós tínhamos o carnaval da Cidade e, entre as sociedades,
fazíamos as visitas, e hoje, quando eu leio o histórico, que o bloco de
carnaval da Sociedade Ginástica Navegantes foi campeão na Cidade, lembro que o
nosso Clube, o Belém Praia Clube, também foi campeão. Então a gente começa a
casar algumas coisas boas que acontecem na nossa Cidade.
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte?
O
SR. MARIO FRAGA: Concedo
o aparte ao Ver. Ervino Besson, da nossa Bancada.
O
Sr. Ervino Besson: Meu
querido colega Ver. Mario Fraga, eu quero, em seu nome, saudar a Mesa e,
principalmente, a Diretoria da Sociedade Ginástica Navegantes São João. Dois
atos importantes hoje; acho que, se fôssemos combinar, não daria tão certo: a
grandeza da homenagem à Farsul pelos 80 anos e, a segunda homenagem, à grandeza
dos 80 anos da Sociedade Ginástica Navegantes São João. Portanto é com honra
que a Câmara presta esta justa homenagem.
E
quero aqui cumprimentar e parabenizar o nosso querido Secretário João Bosco Vaz
pelo brilhante trabalho. Quem está acompanhando pela imprensa sabe, é uma hora
oportuna para a gente lembrar do excelente trabalho para trazer a Copa do
Mundo. Portanto, em nome da nossa Bancada, em nome da Câmara, quero parabenizar
V. Exª por esse brilhante trabalho.
Mais
uma vez, parabéns à Sociedade pelos 80 anos. Muito obrigado, meu caro colega
Vereador.
O
SR. MARIO FRAGA: Obrigado,
Ver. Ervino Besson, do PDT, da nossa Bancada. Hoje a Sociedade Ginástica Navegantes
São João tem as duas sedes, uma na Av. Presidente Franklin Roosevelt, a parte
social, mas ela está mais voltada para a Ilha do Pavão, lá onde está localizado
o parque esportivo, onde são efetuadas as atividades esportivas.
Presidenta,
peço o tempo que o Ver. Dr. Raul me concedeu, no período de Comunicações.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Mario Fraga está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do
Ver. Dr. Raul, com a aquiescência do Ver. Claudio Sebenelo.
O
Sr. Dr. Raul: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço pelo aparte e não poderia
deixar de me manifestar, porque me considero um amigo da Sociedade Navegantes
São João, já participei de vários eventos. Como presidente de clube que fui, do
Petrópole Tênis Clube, tenho uma amizade muito grande com as pessoas que lá
tocam esse trabalho muito árduo de ser diretor de clube - a gente sabe como é
que isso funciona; não é fácil.
Então,
na pessoa do Presidente Milton, eu gostaria de saudar todos os associados, também
na pessoa de um grande amigo, o Ronaldo Duarte, que está há muitos anos
envolvido, e quero dizer para vocês que a gente está junto, a Cidade está
realmente junto com a Sociedade Ginástica Navegantes São João em seus 80 anos.
O
SR. MARIO FRAGA: Obrigado,
Ver. Dr. Raul, que é da região, mora na região e participa ativamente. E aí
vemos, nos acontecimentos, as coincidências: o Ver. Dr. Raul também já foi
Presidente do Petrópole Tênis Clube, e o Dr. Milton, que hoje está na
presidência - eu também já fui presidente, e temos outros aqui -, e eu queria
dar os parabéns ao seu trabalho. O João Bosco tem elogiado a sua diretoria, que
tem feito tantos eventos, principalmente na Ilha do Pavão.
Uma
sociedade que começou em 1927, através da influência germânica, chega neste
momento aos 80 anos, tendo à sua frente um dirigente que leva uma sociedade em
que todos nós hoje temos tantos compromissos, e conseguimos, num fim de semana
frio, como estava no sábado, e todos tendo outras atividades, lotar a casa,
fazer um baile em homenagem aos 80 anos da Sociedade Ginástica Navegantes São
João.
O
Secretário João Bosco Vaz solicitou esta homenagem, e eu a fiz com gosto.
Quando comecei a ler, lembrei-me dos meus tempos de presidente, o quanto a
diretoria é sofrida. Não passa de meia dúzia de pessoas abdicadas aos clubes,
que ficam trabalhando durante toda a semana, para que o seu sócio venha a
aproveitar esse lazer no fim de semana. Então eu volto a repetir que foi
emocionante para mim, como ex-presidente de clube, assim como o Dr. Raul e
outros tantos, Presidente Milton, e quero dar os parabéns a sua pessoa e a sua
diretoria por estar tocando um Clube que tanto faz por nossa Cidade.
E
hoje, graças ao Secretário João Bosco Vaz, a este Vereador e à nossa Casa, que
aprovou por unanimidade esta homenagem, ficam registrados aqui os 80 anos da
Sociedade Ginástica Navegantes São João. Muito obrigado e meus parabéns.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra em Comunicações.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) Se a colonização italiana trouxe para nós o
vinho, a alemã nos trouxe a ginástica. É interessante que as sociedades se denominaram
Sociedade Ginástica Porto Alegre, que é a Sogipa; Sociedade Ginástica
Navegantes São João, onde a ginástica, a cultura do corpo, aquela idéia da
mente sã em um corpo são foram seguradas durante 80 anos por essa agremiação
maravilhosa que começou quando Porto Alegre ainda era surrealista, no início do
século passado, quando as pessoas todas se conheciam e os clubes surgiam de uma
forma maravilhosa. O Grêmio Náutico Gaúcho, o Grêmio Náutico União - olha a
ligação com a ginástica e com a náutica, que coisa fantástica -, e, por fim,
grupos como o Guaíba Porto Alegre, que eram só de remo, esses esportes todos
ligavam as pessoas, integravam, mas aos poucos esses clubes foram desaparecendo
e foram sendo substituídos por reuniões caseiras, reuniões em restaurantes e
não mais em clubes. Hoje nós temos clubes potentes, evidentemente, como o
Petrópole Tênis Clube, do meu amigo Raul, como o Clube do Comércio, como os
grandes clubes que alimentam, inclusive, com atletas as nossas Olimpíadas. Nós
vemos que as populações mais pobres freqüentam uma outra grande realidade, Ver.
João Bosco Vaz, que são os CTGs, que são os clubes atuais, onde há dança,
alegria, há estudo das tradições e, principalmente, uma limpeza fantástica na
nossa juventude no ponto de vista de conduta. Lá não há droga, lá não há a má
conduta, e nesses clubes, como nos clubes que ainda têm patrimônio, e
patrimônio invejável, como esses das ilhas, fazem com que nós estejamos
torcendo para que Porto Alegre não perca mais nenhum desses clubes, porque eles
são a nossa história. Eu falava outro dia com familiares do Professor Rigatto,
que foi remador do GTA, falava com a turma do Panatlon, que eles cultivam ainda, as sobras de uma cultura, de uma Cidade
surrealista, que se dividia em pequenas aldeias e onde todo mundo se conhecia e
se freqüentava. Nós queremos que o Navegantes São João, representando a Zona
Norte de Porto Alegre, representando todo o sonho de uma camada de classe média
da época, que foi talvez um dos grandes incentivadores do Carnaval do 4º
Distrito, hoje seja uma estrutura pujante e segure um pouco essa falta de
clubes na cidade de Porto Alegre e agrupe dentro deles os sonhos dos nossos
jovens, os nossos sonhos e, principalmente, os sonhos de uma população que tem
nos seus clubes, clubes como a Sociedade Ginástica Navegantes São João, com 80
anos, a plena juventude não só da ginástica, mas da melhora das relações
humanas. Meus Parabéns! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O Ver. Elói Guimarães está
com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Dr. Goulart.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Vereadora-Presidenta,
Maria Celeste; Sr. Presidente da Sociedade Ginástica Navegantes São João,
Milton Ogliari; Sr. Secretário de Esportes, Recreação e Lazer, João Bosco Vaz;
Sr. Presidente da Sociedade Amigos do Mar - Soamar -, Manfred
Florick; agradeço ao Ver. Dr. Goulart, Líder da nossa Bancada, que me cede seu
tempo, e nesse sentido falo pela Bancada. Quero cumprimentar o Ver. Mario Fraga
pela oportunidade que dá à Casa de prestar aqui justa homenagem à Sociedade
Ginástica Navegantes São João, quando ela completa 80 anos, quase um século.
Coincidentemente aqui também tivemos a oportunidade de cumprimentar a Farsul
também nos seus 80 anos.
Dizer que a Sociedade Ginástica Navegantes São João
interagiu, ajudou a construir, a desenvolver a nossa Cidade é colocar o óbvio,
porque a Sociedade Ginástica Navegantes São João, inserida ali no 4° Distrito,
na Av. Presidente Roosevelt, com toda a sua ação esportiva e social,
estendendo-se à Ilha do Pavão com a sua sede náutica, desenvolveu, ao longo da
sua história, ao longo do tempo, atividades fundamentais ao desenvolvimento do
ser humano não só na área do esporte, em especial na área aquática, mas também
pelo papel que um clube tem para uma cidade: no clube as pessoas se encontram,
no clube as pessoas interagem. Quantos carnavais, quantos entretenimentos,
bailes, enfim, quantas pessoas ali se conheceram, casaram, constituíram
família, os filhos participaram nesse papel importante que tem para uma Cidade,
uma sociedade, que é estender à sua população o recreio, a alegria, todo um
entretenimento? E a custo zero para o Poder Público! É bom que se diga que os
clubes - e aqui está o Navegantes São João - são “custo zero” e promovem
atividades fundamentais ao desenvolvimento ético, ao desenvolvimento moral do
cidadão. Então é um momento extraordinário este, em que a Casa, em nome da
Cidade, homenageia o Navegantes São João.
E aqui, quando se fala em família, lembro, já há
alguns anos, na presidência,
o Edu Brum, cujo filho veio depois a ser presidente. Então, o clube é
exatamente um espaço de promoção da família, através de todo o seu processo
recreativo. Todos nós aqui lembramos da atividade dos clubes, e da Sociedade
Navegantes São João, sob todos os ângulos, quer esportivo, recreativo, cívico;
o clube tem um papel cívico magnífico de cidadania, é um instrumento de
integração e de cidadania.
Então,
este é um momento extraordinário que a Casa tem em poder homenagear a Sociedade
Ginástica Navegantes São João, que é um referencial, ali no 4º Distrito, na Av.
Presidente Roosevelt; na “Av. Eduardo”, como ficou na história. É um
referencial que vem, ao longo do tempo, com toda a simbologia que tem a sua
sede, desenvolvendo, recreando, enfim, inteirando ali, pela sua natureza, pelo
seu papel, as atividades sociais e humanas.
Portanto,
receba a Diretoria, o Presidente e, de resto, os seus associados, a homenagem
da Casa pelo papel relevantíssimo que a Sociedade Navegantes São João realizou
nesses 80 anos e vai continuar, ad aeternum, fazendo esse papel
importante de congraçamento, de confraternização e de fraternidade que
corresponde aos clubes fazer. Assim, recebam a nossa homenagem, a convicção e a
certeza de que a Sociedade Ginástica Navegantes São João vai continuar na sua
caminhada de integração fazendo exatamente o papel magnífico que realizam os
nossos clubes, inteirando a sociedade, construindo amizade, ética, cidadania e
educação cívica. Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Professor Garcia está com a palavra em Comunicações, por cedência de
tempo da Verª Clênia Maranhão.
O
SR. PROFESSOR GARCIA:
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda
os componentes da Mesa e demais presentes.) Queremos, em primeiro lugar,
parabenizar o Ver. Mario Fraga por esta iniciativa. Quero agradecer à Verª
Clênia Maranhão por ter cedido este espaço para que este Vereador falasse hoje;
falo em nome da Verª Clênia, em nome do Ver. Elias Vidal, ou seja, falamos em
nome da Bancada do PPS.
Prezado Presidente Milton, eu fui buscar algumas
coisas sobre o clube e vi que, daqui a dois dias, na realidade, é que vão se
efetivar os 80 anos. Vi também, pelas informações - quero lhe dizer que quem me
passou essas informações foi uma pessoa que o senhor conhece, e sei que o
Manfred a conhece muito mais ainda - o Dr. Henrique Licht nos passou esses
dados; ele tem uma coletânea de documentos do clube -, que a primeira sede foi
um salão na Av. Brasil, onde começou, na realidade, a Sociedade Ginástica
Navegantes São João. A sua primeira modalidade, na origem do nome,
essencialmente foi a ginástica, ligada à questão da colonização do grupo alemão
de formação étnica. A primeira grande atleta de ginástica, que teve destaque
entre 1943 e 1947, foi a Marta Kadisch, grande campeã na época. E, para conhecimento,
talvez os Vereadores e Vereadoras não saibam, durante muitos anos, a Sociedade
Ginástica Navegantes São João teve a atuação fortíssima no bolão; no punhobol;
no atletismo, esporte que pratiquei e fui técnico; na esgrima; e na ginástica
de que já falamos. E tenho aqui uma relação de atletas que se destacaram em
nível estadual e nacional: a Ilze Blascke, a Helga Henkel, a Suely Henner
Schuch, a Luiza Schwantes,
Odete Wruchi, Fridda Heischert, Gerda Heirich, Louis Lowentzel, Arno Tesch,
Enio Goulart, Hugo Leguetschw, Sidor Schuch e Eson Capizani. Essas pessoas, ao
longo de suas vidas, se dedicaram muito à Sociedade Ginástica Navegantes São
João.
Hoje,
sabemos que o clube está muito mais voltado para a parte social. Recentemente,
participei em uma atividade de um grupo de terceira idade, que tem, cada vez
mais, fomentado aquela região e, principalmente, a Sociedade Ginástica
Navegantes São João. Então, queria fazer esse registro e agradecer ao Dr.
Henrique Licht pelos subsídios que me passou, porque, na realidade, a história
do Clube está ligado intimamente com a questão do Bairro, a questão da
ginástica, com a colonização alemã na sua origem e, ao longo dos anos, teve as
suas mutações.
Eu
quero desejar, de forma fraterna, em nome do nosso Partido, que, cada vez mais,
o Clube possa se reorganizar, possa crescer e congregar as pessoas, porque, na
realidade, é isso que busca ao longo de sua vida. Parabéns ao Sr. Milton, que
está, neste momento, à frente do Clube, e a todos aqueles que são simpatizantes
e freqüentadores daquele grande Clube da Zona Norte da Cidade, do 4º Distrito,
especificamente. E que a cada ano que passa nós possamos aqui comemorar, não só
os 80 anos, mas daqui a 20 anos comemorar os 100 anos desse Clube, que agora,
na próxima quarta-feira, fará 80 anos. Parabéns, e parabéns ao Ver. Mario
Fraga. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Sr. Milton Ogliari, Presidente da Sociedade Ginástica Navegantes São João, está
com a palavra.
O
SR. MILTON OGLIARI: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) Eu, como Presidente da Sociedade Ginástica
Navegantes São João, venho, em nome da minha Diretoria, em nome dos associados,
agradecer ao Ver. Mario Fraga por esta linda homenagem, muito bonita mesmo, e,
em especial, ao nosso amigo João Bosco Vaz, Secretário, de quem partiu o
pedido, Vereador e amigo, não só do Navegantes São João, mas de todos os clubes
de Porto Alegre, um homem que trabalha bastante e conhece os problemas dos
clubes, que é o que a gente passa hoje e até pelo que foi dito pelos
Vereadores.
Falar
do Navegantes São João, para mim, é uma satisfação muito grande. Quando eu
conheci esse clube, passei a gostar dele e a viver junto com ele, e, junto com
a minha Diretoria, procurei fazer coisas que o Navegantes São João precisava.
Hoje, a gente vê o quanto um clube faz parte da sociedade, o potencial que ele
tem junto às comunidades.
Eu
fiquei muito honrado, no último sábado, quando a gente recebeu a presença do
Prefeito Fogaça, e ao se pronunciar, ele disse que estava emocionado de voltar
à Sociedade Navegantes São João, onde, na sua juventude, freqüentava os bailes;
participou do carnaval; e lembrou quando o seu pai o levava lá.
A
Sociedade Navegantes São João, completando 80 anos, estava mais voltada à
ginástica, que era sua origem; hoje, está mais voltado à parte náutica, em que,
desde 1963, foi adquirida uma parte da Ilha do Pavão, que hoje é do Navegantes
São João, e faz parte da APA - Área de Preservação Ambiental. Em parceria com o
Núcleo Orientado para a Inovação na Edificação - NORIE, da UFRGS, estamos
desenvolvendo um Plano Diretor para que o Clube se desenvolva nessa área, onde
levaremos nossos sócios, com marinas, piscinas e outras coisas mais, porque o
clube, hoje, está voltado diretamente à família. Hoje, o nosso maior problema
nessa área, já aproveitando estar nesta Casa, na Câmara de Vereadores, é a
entrada do Clube. Na entrada do Clube, hoje, nós temos aquele pessoal que
trabalha com papel e que está naquela área de domínio, ali na frente do antigo
ICM. Então, consegui conversar com o Prefeito Municipal, Fogaça, junto com o
Departamento de Arquitetura e Urbanização da UFRGS, para que fizessem um
projeto nessa área, e com o Departamento Municipal de Habitação, junto com o
meu amigo João Bosco Vaz, para que a Prefeitura desenvolvesse um projeto para
relocação do pessoal dali, até porque já existe isso na Lei, é uma coisa que é
permitida hoje. Então, o Prefeito Fogaça me prometeu que vai levar adiante, o
pessoal da UFRGS também, e o que eu quero pedir, em troca desses 80 anos do
Navegantes São João, é que, quando passar por aqui o Projeto, eu gostaria que
ele fosse aprovado, e que vocês nos dessem esse apoio. No mais, muito obrigado,
agradeço de todo o coração. Boa-tarde. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Mais
uma vez agradecemos aos senhores e às senhoras pela presença nesta importante
homenagem, lembrada pelo Ver. Mario Fraga, aos 80 anos da Sociedade Ginástica
Navegantes São João. Damos por encerrada a homenagem. Muito obrigada.
(Pausa
para as despedidas.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria celeste): O
Ver. Dr. Goulart está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. DR. GOULART: Muito
boa-tarde, saúdo a nossa querida Presidenta, Maria Celeste, nossa delicada e
inteligente Presidenta. Cumprimento as Sras Vereadoras e os Srs.
Vereadores. Venho à tribuna para relatar que passa a Bancada do PTB por um
momento de apreensão, e a apreensão é pelos affaires que têm acontecido
na Saúde ultimamente. Agora, nos dá recado uma coluna muito lida de um bom
jornal de Porto Alegre no sentido de que o Secretário Gus deverá viajar para
Israel, não voltando mais para a Secretaria. Não acredito muito, mas, em todo
caso, estamos atentos a esse movimento que, pelo menos, seria prenúncio de
reinício, prenúncio de reconversas, prenúncio de melhora.
Nós
temos, também, então, outros dois momentos importantes: um é que, junto com a
Bancada Trabalhista do PTB, é importante que as outras Bancadas da base do
Governo sentem com os municipários que estão em greve; os municipários precisam
de uma interlocução com o Prefeito, ele não tem conseguido conversar com os
municipários. E os municipários quem são? São a memória da Cidade, são a
memória do Governo da Cidade, são os trabalhadores municipais que precisam ser
ouvidos pelo Prefeito. Acho que as nossas Bancadas, a princípio a Bancada
governista e, depois inclusive a oposição poderão ouvi-los e levar a
interlocução ao Sr. Prefeito. A Câmara Municipal se sente honrada em ser
procurada e solicitada como interventora neste momento, e a nossa Bancada está
sempre afinada com os trabalhadores, com o direito sagrado de greve e, como a
Saúde não deveria entrar em greve, e está em greve, nos preocupa mais um pouco.
Mas
nós temos um assunto pontual, Srs. Vereadores, e eu os conclamo para que
façamos, agora, um grupo de trabalho de Vereadores para que os trabalhadores do
PAM-3 não sofram um tipo sequer de represália pela ação que foi perpetrada pelo
Sindicato Médico e pelo Cremers que, tecnicamente, entenderam que eles deveriam
parar. Eles já estão sofrendo constrangimentos porque não estão trabalhando, e
nós temos que evitar esses constrangimentos através da Bancada trabalhista, que
se unirá com outros Vereadores que aqui estão. O Ver. Sebenelo já disse estar
junto; o Ver. Raul Fraga, Presidente da COSMAM, também está junto. Nós temos
que garantir esses homens e mulheres, que trabalharam naquele lugar difícil de
se trabalhar durante todos esses últimos anos.
Pior:
estão dizendo que eles irão para o Extrema, para a Belém, que irão para
Restinga, lugares distantes de onde moram. Nós não podemos permitir; e aí nos
diz que sim, com a cabeça, o cuidadoso ex-Prefeito, Ver. João Dib, que temos
que cuidar disso.
E
mais: eles conquistaram arduamente, para fazer plantões, 110% sobre o seu
salário; coisa que não foi falada até agora, porque eles não estavam reclamando
disso; eles reclamavam era da indignidade no lugar de trabalho. Mas eu estive
conversando e percebi o que está acontecendo: eles poderão ser transferidos e
perder os 110%. Como é que um funcionário da Saúde, que se doou dentro daquele
lugar difícil, agora vai embora e perder os 110%? Então, nós temos, Ver.
Sebenelo; temos, Ver. Mario Fraga; temos, Ver. Dib; temos, Bancada do PTB;
temos, outra Bancada que queira se irmanar nesse processo, de fazer uma
Comissão que garanta a volta dos funcionários quando reabrir o PAM-3, cada um
no seu lugar, Ver. Nilo Santos; cada um no seu lugar, Ver. Sebastião Melo; cada
um com os seus 110%, Ver. Elói Guimarães, Verª Maria Luiza e Ver. Brasinha. Precisamos
defender os funcionários que, numa briga dessa, ficam à mercê dos
acontecimentos, à mercê dos ventos políticos, à mercê de retaliações, à mercê
de constrangimentos.
Então, a minha Bancada se unirá com os senhores e,
lá, diremos ao Prefeito: “Sr. Prefeito, não mexam nessas jóias que são os
funcionários do PAM-3; não mexam nesses homens que trabalham madrugadas, com
frio, com frestas passando frio, com aqueles esgotos que ainda não foram
arrumados, e que poderão perder os seus 110% legítimos, ou poderão perder a sua
posição”. Precisamos cuidar dos funcionários do PAM-3 e, ao mesmo tempo,
deveremos ouvir os funcionários municipários para ver o que pensam da greve. A
Câmara tem que se comprometer com isso, porque este é um momento político, e
nós precisamos de compromissos políticos fortes. Não maltratem, por favor, os
funcionários do PAM-3. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra em Comunicações.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Neuza Canabarro; colegas Vereadores, colegas Vereadoras,
senhores e senhoras, membros da imprensa que nos assistem, hoje, no início da
Semana do Meio Ambiente, quero aqui fazer, neste período, uma reflexão com os
colegas Vereadores e Vereadoras, sobre os caminhos que trilha o planeta Terra,
os caminhos que trilha o nosso planeta Gaia, e o papel que temos que, nós aqui
em casa, assumir e desenvolver para garantir a sustentação da nossa vida e da
vida do planeta Terra, que é o nosso lar.
A humanidade é parte de um vasto universo em
evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As
forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a
Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A
capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade
dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos os seus sistemas
ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras
e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação
comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, da diversidade e beleza da
Terra é um dever sagrado.
E nós, como legisladores, temos que estar à frente
desses processos, ajudando a construir sistemas que garantam a vida da
humanidade e da diversidade em nosso Planeta. Aqui, no Rio Grande do Sul, nós
temos um tema em debate, neste momento, que é quais os novos modelos de
desenvolvimento que queremos para o Rio Grande do Sul. E aqui falo que vale
observarmos que os anunciados investimentos em silvicultura, ou seja, florestas
que se concentram sobre o Bioma Pampa, um ecossistema rico em fauna e flora
onde se desenvolvem várias espécies endêmicas e cuja preservação, portanto, é
fundamental para manutenção da biodiversidade. Aí encontramos, então, mais
razões para a defesa do zoneamento ambiental apresentado, afinal, ele dá conta
dessa preocupação. Mais ainda: “Pampa” é uma expressão diretamente associada às
manifestações culturais mais genuínas e tradicionais do gaúcho. Pode-se dizer,
sem assombros, que quando se fala em Pampa, para muitos, se está falando do
“nosso território”. Não é menos importante imaginar as conseqüências de uma
substituição cultural que transforme os atuais peões do Pampa em meros e
mal-remunerados exterminadores de formigas com as suas motosserras.
O que estamos falando, aqui, colegas Vereadores e
Vereadoras, é a defesa, sim, do estudo feito no Estado do Rio Grande do Sul, de
um zoneamento ambiental equilibrado. E, aí, nós temos que vir para o território
do nosso Município, e, neste momento, nós estamos na elaboração do Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental, onde temos um capítulo que trata das áreas de proteção do
ambiente natural.
Pasmem,
senhores e senhoras, que a Secretaria de Meio Ambiente, através do seu
Secretário Beto Moesch, não apresentou nenhum estudo, nenhuma vírgula de
estudo, para que a Cidade pudesse debater e apresentar onde estão as áreas de
proteção do ambiente natural e de que maneira nós podemos gravá-las
definitivamente no mapa. Enquanto isso, nós estamos vendo, sim, nas manchetes,
o Vereador e Secretário Beto Moesch fazendo a política ambiental do Parcão,
plantando árvores na parte urbana constituída.
Eu
quero que as câmeras mostrem aqui, enquanto isso, a destruição ambiental anda
“campeando frouxo” em nossa Cidade. (Mostra fotos.) Estas fotos, para concluir,
Verª Neuza Canabarro, são do Morro Pasmado, onde o bem ambiental já não se
recupera mais pela destruição e a queima daqueles patrimônios culturais de
Porto Alegre. E assim como esse local, há vários outros com ocupações
irregulares que estão acontecendo neste momento, e a Secretaria do Meio Ambiente
não constitui uma política efetiva de proteção ambiental em Porto Alegre.
Portanto,
neste dia da abertura da Semana do Meio Ambiente, quero aqui trazer estes
temas, sim, com a conseqüência de que nós temos que analisar e buscar que as
autoridades instituídas assumam as suas responsabilidades. É tarefa nossa, sim,
não só denunciar, mas construirmos soluções para que a questão ambiental local,
no Estado do Rio Grande do Sul, no País e no mundo se mantenha, e que o nosso
Planeta possa ser salvo, e que nós, Legisladores, colegas Vereadores e
Vereadoras, venhamos com tranqüilidade cumprir a nossa parte. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro):
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em Comunicações.
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Verª Neuza Canabarro, presidindo os trabalhos; Vereadores e Vereadoras;
senhores e senhoras presentes e assistência desta Sessão; eu também quero vir
aqui fazer uma manifestação, chamando a atenção das autoridades municipais, em
especial do nosso Prefeito, Ver. Adeli, em relação às questões da greve dos
funcionários públicos municipais. Eu creio que essa deve ser uma questão de
sensibilidade e de visualização de que os funcionários do Município de Porto
Alegre, em sua grande maioria, são qualificados, são exemplares e que fazem o
sucesso desta Cidade. Entre ativos e inativos são mais de 27 mil. São pessoas
que doaram vida, contribuição, inteligência, esforço e dedicação à Cidade. E a
isso não pode ser respondido de forma simplificada, de forma a não manter o
diálogo, ouvir e respeitar os servidores públicos municipais.
Quero
fazer este alerta para que o Prefeito assuma a direção, tome as rédeas deste
conflito que está posto, porque eu creio que delegar a solução a terceiros não
é o melhor caminho.
Também
quero fazer coro com o Ver. Dr. Goulart, que fala da crise na Saúde. Afinal, as
atitudes do Prefeito e do Vice-Prefeito confirmam todas as críticas que nós
fizemos aqui, Ver. Guilherme Barbosa, de que a Saúde está, até o momento, no
mais puro desgoverno. Pelo menos eu vi na imprensa, hoje, que o atual
Secretário, Dr. Pedro Gus, viaja e não retorna mais, assumindo a pasta o
Vice-Prefeito. Então, não é por acaso que aquilo que se viu, que se ouviu, que
se disse, está fora do contexto. Realmente, com a falta de gerenciamento e com
o descuido para com a saúde pública, o SUS de Porto Alegre está desgovernado,
por falta de autoridade e de gestão por parte do Município. É um assunto com o
qual não se pode brincar, porque o que está em jogo é a vida das pessoas; o que
está em jogo é a saúde pública, o que está em jogo é o SUS. E nós devemos
preservar isso que é uma conquista, um direito da cidadania, especialmente
daqueles que não têm convênios, que não têm plano de saúde e que não têm
dinheiro para a medicina privada. Portanto, essa atitude tardia só vem a
confirmar tudo o que nós dissemos até o momento.
Também
quero fazer uma menção aqui à abertura da Semana do Meio Ambiente, já aqui
discutida pelo caro Ver. Carlos Comassetto, nosso colega de Bancada, porque o mundo demanda
uma preocupação e demanda atitudes maiores para a preservação do Planeta e da
vida sobre a Terra. Estou recebendo também um folheto do Greenpeace, que é de
muita qualidade.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Todeschini. Quero
aproveitar a oportunidade e convidar toda a sociedade de Porto Alegre, pois
amanhã teremos aqui a Sessão Solene do Meio Ambiente, e a Câmara estará
oferecendo ao Greenpeace o “Prêmio Ecologista do Ano José Lutzenberger” pelos
trabalhos prestados à humanidade. Muito obrigado.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado pela
lembrança. Toda a Cidade de Porto Alegre, todos os gaúchos estão convidados
para esta Sessão. E justamente agora, mais do que nunca, em tempos de mudança
climática, em tempos de aquecimento global, em termos de elevação da
temperatura da Terra, são necessárias atitudes que estão ao alcance de qualquer
um, como, por exemplo, usar menos o automóvel particular e mais o transporte
coletivo, usar os biocombustíveis, usar a bicicleta, consumir menos plásticos,
economizar água, utilizar as energias renováveis, enfim, é um conjunto de
medidas particulares e coletivas que devem resultar em um menos consumo de
energia, especialmente as energias fósseis, e fazer com que a vida sobre a
Terra seja preservada, que se evite o degelo das calotas polares, se evite o
degelo das cordilheiras, se evite o desaparecimento de espécies animais e
vegetais como estamos vendo acontecer. Isso é uma necessidade, impõem-se como um
dever de todos que preservemos o futuro da Terra e das futuras gerações. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Encerrado o
período de Comunicações.
Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1763/07 - PROJETO RESOLUÇÃO Nº 041/07, de autoria da Verª Maria
Luiza, que altera o § 2º do art. 170 da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de
1992, e alterações posteriores, que aprova o Regimento da Câmara Municipal Porto
Alegre, concedendo à Comissão, na impossibilidade de manifestar-se quanto à
emenda durante a suspensão dos trabalhos, prazo para a emissão de parecer e
excluindo a possibilidade da dispensa de envio das emendas para apreciação por
essa Comissão.
PROC.
Nº 1841/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 063/07, de autoria do Ver. Professor Garcia, que acrescenta art. 11-A na Lei nº 2.758, de 4
de dezembro de 1964, e alterações posteriores, e art. 3º-A na Lei nº 3.790, de
5 de setembro de 1973, e alterações posteriores, e altera o art. 6º da Lei nº
4.187, de 26 de novembro de 1976, e alterações posteriores, obrigando a
instalação de condicionadores de ar nos veículos que vierem a ingressar no
sistema de transporte público de passageiros por ônibus, táxi ou lotação no
Município de Porto Alegre e dando outras providências.
PROC.
Nº 2218/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 069/07, de autoria do Ver. Luiz Braz, que institui, na rede pública municipalizada do Sistema
Único de Saúde (SUS), a obrigatoriedade da disponibilização do exame de dosagem
sérica do antígeno prostático específico (PSA) a todo cidadão com mais de 40
(quarenta) anos de idade e dá outras providências.
PROC.
Nº 2503/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 009/07, de autoria do Ver. Professor Garcia, que altera o art. 50 da Lei Complementar nº 170,
de 31 de dezembro de 1987, e alterações posteriores, que revoga a Lei
Complementar nº 32, de 07/01/77, estabelece normas para instalações
hidrossanitárias e serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento
sanitário prestados pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos, e dá outras
providências, reduzindo os valores percentuais para a cobrança de multa e juros
de mora na falta de pagamento das contas.
PROC.
Nº 2156/07 - PROJETO RESOLUÇÃO Nº 046/07, de autoria da Verª Margarete
Moraes, que institui o Projeto Cultural 2007 – Duzentos Anos do Parque
Farroupilha, alusivo à comemoração dos duzentos anos da doação, pelo Estado do
Rio Grande do Sul, de área verde ao Município de Porto Alegre, destinada à
instalação do Parque Farroupilha, e dá outras providências. Com Emendas nºs
01 e 02.
PROC.
Nº 2741/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 049/07, de autoria do Ver. Claudio
Sebenelo, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha à Professora Maria
Célia Jardim Porto.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2734/02 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 005/02, de autoria do Ver. Marcelo Danéris, que altera o art. 12 da Lei Orgânica do Município
de Porto Alegre. (bens públicos municipais) Com Emenda nº 01.
PROC.
Nº 1947/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 065/07, de autoria do Ver. Elias Vidal, que institui monumento em homenagem aos clubes Grêmio
Foot-Ball Porto Alegrense e Sport Club Internacional, campeões do mundo, e dá
outras providências.
3ª SESSÃO
PROC. Nº 1517/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 045/07, de autoria do Ver. Almerindo Filho, que altera o “caput” e
o § 4º e inclui incs. I, II e III no “caput” do art. 1º, altera as als. “a” e
“b”, bem como suas articulações, e inclui inc. III no art. 2º e inclui incs. VI
e VII no § 1º do art. 4º, todos da Lei nº 6.442, de 11 de setembro de 1989, e
alterações posteriores, estendendo a isenção do pagamento das tarifas do
transporte coletivo por ônibus às crianças e aos adolescentes necessitados,
incluindo a Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul – FPERGS – e a
Fundação de Assistência Social e Cidadania – FASC – como entidades
assistenciais, determinando critérios para o enquadramento de crianças e
adolescentes na condição de necessitados, para os efeitos dessa Lei, e
incluindo a FPERGS e a FASC na nominata das entidades para quem a Secretaria
Municipal dos Transportes - SMT – poderá delegar a emissão de carteiras de
identificação aos beneficiários dessa Lei.
PROC. Nº 2263/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 070/07, de autoria da Verª Maristela Meneghetti, que concede o
título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Kleiton Alves Ramil.
PROC. Nº 2498/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 078/07, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que denomina Rua Vera
Maria Bandeira Karam o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4016 –
Vila Orfanotrófio I -, localizado no bairro Santa Tereza.
PROC. Nº 2560/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 080/07, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que denomina Praça
Isaac Ainhorn o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Praça 1008,
localizado no Bairro Santana.
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): O Ver.
Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Vereadora
Neuza Canabarro, que dirige a nossa Sessão, colegas Vereadores e Vereadoras,
neste interessante e importante espaço de discussão preliminar de Pauta, quero
iniciar com aquele que está exatamente em primeiro lugar aqui na nossa relação,
o PR nº 041/07, da Verª Maria Luiza - que tem sido muito operante, muito
trabalhadora, tem apresentado muitos Projetos nesta Casa -, que pretende fazer
alterações no Regimento Interno da nossa Câmara, concedendo à Comissão” - deve
ser Comissão Conjunta - “na impossibilidade de manifestar-se, quanto à emenda
durante a suspensão dos trabalhos, prazo para a emissão de parecer e excluindo
a possibilidade da dispensa de envio das emendas para apreciação por essa
Comissão”.
Com certeza, a proposta é uma modificação muito
grande, muito expressiva no trabalho interno da nossa Câmara. Talvez as pessoas
de fora, que nos ouvem, não consigam compreender o objetivo do Projeto, mas é
importante quando estamos internamente trabalhando na aprovação de determinado
projeto, e já no período de discussão - o período que antecede a votação
propriamente dita -, há a apresentação de emendas, com uma possibilidade
regimental - pedida por um Vereador e aprovada pelo Plenário -, de não serem
encaminhadas às Comissões para receberem parecer.
Então, acho que teremos que verificar com muita
tranqüilidade este Projeto, porque significa uma modificação expressiva no
nosso trabalho internamente e que, se por um lado pode significar
aprofundamento da verificação das propostas, por outro lado, pode também significar
o emperramento dos nossos trabalhos. Muitas vezes pelo Plenário, mesmo tendo
oposição e situação - qualquer que seja o governo -, termina havendo o
entendimento, senão na totalidade dos Vereadores do Plenário, mas do número que
significa a maioria expressiva com relação à determinada emenda, e com isso a
gente pode fazer um trabalho mais expedito, mais rápido, sem a necessidade do
processo ordinário. Portanto, é de analisar. Eu acho que a Vereadora procura
ter um procedimento mais definido, mas pode significar, em algum momento, mais
retardamento no encaminhamento dos nossos trabalhos.
O Ver. Garcia, no seu PLCL nº 009/07, propõe
modificar a Lei Complementar nº 170, de dezembro de 1987, e alterações posteriores, que revoga a
Lei Complementar nº 032/77, estabelece normas para instalações hidrossanitárias
e serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário prestados
pelo DMAE.
É
a Lei nº 170/87 que regula o trabalho do Departamento Municipal de Esgotos, e o
Projeto do Ver. Professor Garcia pretende reduzir os valores percentuais para a
cobrança de multa e juro de mora na falta de pagamento das contas.
Eu
sempre tenho a preocupação - Ver. João Antonio Dib, V. Exª que, também, como
eu, foi Diretor do DMAE - quando alguém pretende modificar o trabalho do
Departamento, porque, mesmo tendo sempre o que melhorar e modificar, é uma Lei
que me parece muito adequada no trabalho do DMAE. Mas esse aqui eu acho que é
um item, de certa maneira, periférico, que está mais em condições, em
consonância com os níveis inflacionários que nós vivemos hoje, baixos,
portanto, creio que o objetivo do Ver. Profº Garcia é interessante.
Por
último, rapidamente, quero dizer, de novo, da importância do Projeto do Ver.
Marcelo Danéris, o PELO nº 005/02, que está aqui em 2ª Sessão, e determina que,
caso algum Governo queira vender, queira privatizar as nossas empresas estatais
do Município - principalmente CARRIS e Procempa, não lembro de nenhuma outra -,
que seja necessário um plebiscito. Lembrando que não se trata de um Projeto
para esta Administração, porque o Projeto do Ver. Marcelo Danéris é de 2002,
quando da Administração do seu próprio Partido. Portanto, ele está trabalhando
em tese. Lembro, também, que a Assembléia Legislativa já aprovou um Projeto
semelhante para o Estado do Rio Grande do Sul. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Ausente.
O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Srª Presidenta, Verª Neuza Canabarro; Srs. Vereadores, na Pauta de hoje há dois
Projetos excepcionais: um, na área da Saúde; o outro, na área dos transportes.
O primeiro é do Ver. Luiz Braz, o PLL nº 069/07, que faz valer a autoridade do
Poder Legislativo no sentido de propor ao Poder Executivo a disseminação do uso
de um teste chamado de PSA, que, traduzido do inglês, quer dizer Antígeno
Prostático Específico. Esse Antígeno Prostático detecta em seres humanos, homens,
qualquer aumento que denuncie presença de células cancerosas na próstata. Isso
é muito importante, porque se pode fazer não só essa previsão, como também
obviar e objetivar o tratamento, que pode ser na área da cirurgia, na área da
quimioterapia, na área da radioterapia. Então, toda vez que houver uma
alteração do PSA, Ver. Braz, o homem pode descobrir que necessita de um
urologista que faça um exame em sua próstata, mas já com a indicação de que
seja provável a presença de tumor de próstata. Isso é uma prevenção, isso é
mais do que uma forma de tratar, mas de orientar, e, principalmente, de
instruir a rede pública. Esse é um exame simples, absolutamente fácil de ser
feito. O Antígeno existe, então nós sabemos que doando apenas uma quantidade de
sangue pode-se fazer esse exame. Esse exame pode ir para um laboratório central
- é apenas uma questão de coleta; é um exame que tem que se tornar rotineiro -
como V. Exª propôs muito bem - a partir dos 40 anos de idade, quando aumenta a
incidência do tumor. Essa medida fará com que não só as pessoas tenham acesso
ao tratamento, mas acesso à longevidade com os tratamentos, as novas
descobertas, as novas tecnologias, e possam estar voltadas para o sucesso, não
só na área da cirurgia, mas também em áreas como a de medicamentos, como a da
quimioterapia e da radioterapia.
O
segundo e grande processo é o PLL nº 063/07, do Ver. Professor Garcia, que
propõe que os ônibus de todas as empresas, inclusive os da CARRIS, sejam
adquiridos com condicionadores de ar. Vai aumentar o consumo? Pode até aumentar
o consumo, mas seria muito desumano, tendo-se toda essa tecnologia de
condicionamento do ar, submeter as pessoas, especialmente numa Cidade em que as
temperaturas oscilam de 40 graus a quase zero grau, como nós tivemos esses dias
na zona rural de Porto Alegre, e não proporcioná-la aos usuários de transporte
coletivo. Nós teríamos uma assistência àquelas pessoas que mais sofrem com o
frio e com o calor, no sentido de que esses condicionadores de ar dessem mais
conforto no tempo de viagem àqueles que vêm da Restinga para o Centro, por
exemplo; como para aqueles que viajam umas 140 horas/mês, de ônibus, para ir e
voltar do trabalho. Trata-se de uma questão de conforto, que deve ser
proporcionado às pessoas que mais merecem: àquelas que não encontram conforto
nas suas casas, e que, pelo menos, encontrem-no no transporte.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada,
Ver. Sebenelo.
A
Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.
A
SRA. MARGARETE MORAES:
Srª Presidenta, Verª Neuza Canabarro, eu quero justificar uma proposta, de
minha autoria, que institui o Projeto Cultural 2007 - Duzentos Anos do Parque
Farroupilha, por meio de uma programação de atividades alusivas à comemoração
dos 200 anos da doação, pelo Estado do Rio Grande do Sul ao Município de Porto
Alegre, em 24 de outubro de 1807, da área verde hoje destinada à instalação do
Parque. Essa idéia se baseia na Lei Orgânica Municipal que, em seu art. 9º,
incisos IX e X, estabelece como competências do Município prover a defesa da
flora e da fauna e o controle da poluição ambiental e preservar os bens locais
de valor histórico, cultural ou científico. Portanto, o Parque Farroupilha se
enquadra perfeitamente no cumprimento de dois mandamentos legais citados acima.
O Parque Farroupilha hoje realiza duas metas da gestão da Cidade, quais sejam:
ambiental - vivemos num mundo de grande poluição, de ameaça de destruição real
do Planeta; e o Parque Farroupilha também se presta a ser um espaço republicano,
um espaço cultural da livre manifestação democrática e artística da nossa
Cidade.
Na
verdade, o Parque Farroupilha - e o Ver. João Antonio Dib conhece muito bem
essa história, porque é um estudioso - localizava-se à margem da Cidade, na
parte externa às muralhas da Porto Alegre antiga. Ele era local de parada do
gado que ia ser vendido nos açougues da Cidade. Por essa localização, ele era
conhecido como Campo da Várzea. Essa destinação consta na doação da área à
Cidade feita pelo Governador Paulo da Gama. A doação contava com uma cláusula
explícita, que dizia que precisava de autorização real para alienação do
Parque, e foi exatamente essa cláusula que impediu que o Parque fosse loteado
em 1826. Depois, em 1872, se instalaram lá o Colégio Militar e outros
equipamentos públicos, como o Campus Central da UFRGS, o Instituto de Educação
General Flores da Cunha, além da Rua José Bonifácio. Em 1901, o Parque recebeu
um pequeno ajardinamento e assim foi-se constituindo.
Eu
queria dizer que hoje o Parque Farroupilha, Ver. Marcelo Danéris, abriga o
Auditório Araújo Vianna, infelizmente abandonado por esta gestão e ameaçado
através de uma licitação de duvidosa legalidade. Nós não nos referimos jamais à
empresa vencedora dessa licitação, mas aos termos da licitação - é isso que
questionamos.
Este
ano nós comemoramos o aniversário do Brique da Redenção, 28 anos, uma feliz
idéia do Prefeito Guilherme Socias Villela. O próprio Brique da Redenção é um
ponto de encontro, um ponto de lazer, um ponto em que as pessoas oferecem o seu
trabalho, a sua auto-expressão, é um ponto muito querido pelos
porto-alegrenses.
Em
1989, na gestão da Administração Popular, nós criamos o Baile da Redenção,
depois denominado Baile da Cidade; começou com 500 pessoas e hoje se anunciam mais
de 50 mil pessoas. Então, tanto o Brique, quanto o Baile de Cidade são eventos
consolidados definitivamente no Calendário Cultural da Cidade de Porto Alegre.
Espetáculos artísticos dos mais diversos estilos ocorrem no Parque Farroupilha;
nós poderíamos citar o Café do Lago, enfim, é um espaço republicano da cidade
de Porto Alegre que todas as pessoas devem conhecer, devem ter carinho e devem
ajudar a preservar por esses dois aspectos que eu falei desde o início:
primeiro, por sua história, uma história muito bonita; e também pelos aspectos
ambientais, já que há uma preservação muito grande; é possível, inclusive, um
trabalho didático e pedagógico com os porto-alegrenses; um trabalho cultural de
Porto Alegre da maior importância. E isso também nos ensina que não há nenhuma
contradição entre o ambiental e o cultural, que os dois podem conviver de
maneira harmônica, contribuindo para a qualidade de vida da nossa Cidade.
Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada,
Verª Margarete Moraes.
O
Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Ausente.
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Prezada
Verª Neuza Canabarro, colegas Vereadores e Vereadoras, quero fazer um
comentário aqui, hoje, sobre o Projeto de autoria do Ver. Professor Garcia, que
está em 1ª Sessão de Pauta, que é um Projeto interessante e importante.
O
Ver. Professor Garcia, através de um Projeto de Lei, propõe a obrigatoriedade da
instalação de condicionadores de ar nos veículos que vierem a ingressar no
Sistema de Transporte Público de Passageiros - ônibus, lotações e outros.
Acho
que tem mérito o Projeto do Ver. Professor Garcia no objetivo de buscar a
qualificação do Sistema de Transporte Coletivo. Mas o Projeto do Ver. Professor
Garcia está politicamente equivocado. E vou justificar aqui, Ver. Adeli Sell,
nosso Líder, por quê.
O
Ver. Professor Garcia é um Vereador da base de sustentação do Governo Fogaça.
Os ônibus de Porto Alegre, quando a Administração Popular entregou a sua
gestão, vinham numa qualidade ascendente, ou seja, num crescimento da qualidade
dos equipamentos de transportes públicos de passageiros. Havia ônibus com
ar-condicionado, ônibus com equipamentos para as pessoas portadoras de
deficiência.
O
que fez a administração logo que assumiu, Ver. Claudio Sebenelo, Ver. Sebastião
Melo? Diminuiu a qualidade do transporte coletivo que comprou. Comprou 77
ônibus; tirou os motores, que eram atrás, e passou-os para frente; retirou o
ar-condicionado e diminuiu o percentual dos ônibus comprados com equipamentos
para pessoas portadoras de deficiência.
Portanto,
quando eu elogio aqui o Projeto do Ver. Professor Garcia, eu não posso deixar
de fazer essa comparação política com o seu Governo, a contradição que tem com
o seu Governo! Será que precisa um Vereador da base do Governo fazer um Projeto
para dizer que a qualidade dos ônibus tem que voltar? Ou aquela premissa com
que o Fogaça ganhou as eleições, dizendo que o que era bom iria ficar melhor, e
o que estava ruim iria melhorar, não é verdadeira? Nesse caso, o que estava
bom, excelente, que eram os ônibus de transporte coletivo, piorou! E o meu
colega, Ver. Professor Garcia, faz um belo Projeto para dizer que tem que ter ar-condicionado
nos ônibus. Portanto, ele, como base do Governo, teria que fazer acontecer o
quê? Que os ônibus comprados pela Prefeitura mantivessem a qualidade de antes.
Para isso não precisamos de Projeto de Lei, basta continuar uma política,
qualificando-a.
O
Sr. Claudio Sebenelo: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Carlos Comassetto, muito
obrigado pelo aparte. Ao invés de se pensar não só na melhora, e que está se
tendo uma boa administração na CARRIS, atualmente - nós temos uma excelente
administração, e já tiveram outras excelentes administrações -, eu quero lhe
dizer que as empresas concessionárias também podem tomar essa atitude, porque
nós temos que pensar é no usuário, pois a nossa Cidade vai de zero a 40 graus.
Então, como existe a tecnologia moderna hoje, eu acho que esse Projeto é
magnífico, pois ele protege, inclusive, o usuário do nosso transporte.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Muito
obrigado, Ver. Claudio Sebenelo. Eu volto a afirmar aqui: tem mérito o Projeto
do Ver. Professor Garcia, mas eu quero comparar aqui os Projetos com as
políticas que estão sendo executadas; e as excelentes administrações: Ver.
Claudio Sebenelo, na Saúde certamente não é, e no transporte coletivo, também
não. Lá no Lami retiraram muitas linhas de ônibus, inclusive o ônibus das seis
da manhã, que ia para a Rua Edgar Pires de Castro, foi retirado e não colocaram
outro, que é o ônibus que leva para Belém Novo. Distanciaram os horários do
transporte coletivo. Portanto, quando vem um Projeto como esse, Ver. João
Antonio Dib, que trata de um tema estrutural, nós temos que relacioná-lo, sim,
com a política e dizer por que precisa de um Projeto de Lei da base do Governo
para fazer com que aquela política que estava muito boa volte a funcionar com a
excelência e a qualidade que existia, na busca dos ônibus de Porto Alegre. Os
ônibus de Porto Alegre, tecnologicamente, regrediram. Um grande abraço e muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada,
Ver. Carlos Comassetto.
O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma
Srª Presidenta, Verª Neuza Canabarro, na pessoa de V. Exª quero cumprimentar os
demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, público que nos assiste nas
galerias, na TVCâmara, senhoras e senhores, venho a esta tribuna na tarde de
hoje, no período de Pauta, comentar a respeito de dois Projetos de Lei que
tramitam em 1ª Sessão e que entendo oportunos e importantes para debatermos e,
realmente, analisarmos o seu conteúdo. O primeiro deles, o PLL nº 069/07, de
autoria do Ver. Luiz Braz, institui, na rede pública municipalizada do Sistema
Único de Saúde (SUS), a obrigatoriedade da disponibilização do exame de dosagem
sérica do antígeno prostático específico (PSA) a todo cidadão com mais de 40
anos de idade e dá outras providências. Quero cumprimentar o Ver. Luiz Braz
pela iniciativa e dizer que hoje, praticamente, está comprovado que todo homem
que chegar aos 80 anos terá, inevitavelmente, o câncer de próstata. Então, se nós
caminhamos - a ciência, a medicina e os avanços tecnológicos caminham - para
uma longevidade, em que os homens e as mulheres irão viver cada vez mais,
praticamente todos nós estamos fadados a enfrentar o câncer de próstata. Quando
o Ver. Luiz Braz toma essa iniciativa e garante esse direito aos cidadãos com
mais de 40 anos de idade, o exame do PSA, nós estamos tratando de uma
prevenção, porque é muito importante nós trazermos para esta Casa o trabalho de
prevenção na área de Saúde, porque a prevenção vai evitar mortes. Ela também
não deixa de ser uma Política Pública que, bem estruturada, acaba
transformando-se em um investimento, porque ela reduz o gasto das
administrações públicas.
Então,
quero cumprimentar o Ver. Luiz Braz por essa iniciativa, e, quando se fala em
câncer de próstata, nós sabemos que os índices são altos e que muitas pessoas
têm enfrentado esse problema, principalmente na Região Sul, e aqui em Porto
Alegre, no Rio Grande do Sul, em especial; é um índice percentual altíssimo de
pessoas que têm sofrido desse mal. Então, entendemos oportuna a iniciativa de
Vossa Excelência.
Eu
gostaria também de fazer menção ao PLL nº 063/07, de autoria do Ver. Professor
Garcia, que obriga a instalação de condicionadores de ar nos veículos que
vierem a ingressar - portanto a partir de agora ou a partir da aprovação desta
lei - no sistema de transporte público de passageiros de ônibus, táxi e lotação
no Município de Porto Alegre. Entendo que este é um Projeto que visa a oferecer
qualidade de vida para a nossa Cidade, e nós sabemos que o Transporte Público
abrange essas três categorias: o ônibus, o táxi e a lotação. E realmente
sabemos que o principal foco e a principal demanda que atinge o número mais
expressivo de pessoas é o transporte coletivo por ônibus. Mas também sabemos
que é importante poder prever, por iniciativas como esta, esse equipamento.
Como bem falou aqui o Ver. Sebenelo, quando aparteava o Ver. Claudio
Comassetto, numa cidade em que podemos variar de 0° a 40° em um ano, é
importante que nós possamos usar todos os mecanismos que estão ao alcance da
tecnologia para oferecer conforto à comunidade porto-alegrense, em especial
também com uma frota de táxis dotada de ar-condicionado, pois os táxis não
deixam de ser, e são, um cartão de visita, tanto na Rodoviária como no
Aeroporto, para aquelas pessoas que chegam à nossa Cidade. Portanto, é oportuno
este Projeto de Lei de autoria do Ver. Garcia, e registro aqui o nosso
entendimento de apoio a esta iniciativa do nobre colega. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Ver.
Márcio Bins Ely. Está encerrado o período de Pauta preliminar.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ADELI SELL: Verª Neuza
Canabarro, na presidência dos trabalhos; colegas Vereadores e Vereadoras,
cidadãos e cidadãs, em nome da minha Bancada, a do Partido dos Trabalhadores,
dos Vereadores Guilherme Barbosa, Danéris, Todeschini, Margarete Moraes, nós
estamos aqui para fazer uma pergunta ao Executivo - como vejo poucas lideranças
da base do Governo, quem sabe os Vereadores ouvem pelos corredores ou nos seus
Gabinetes: o que aconteceu, afinal de contas, hoje, na reunião da Comissão de
Economia, Finanças e Orçamento, entre o Governo e os municipários? Um real de
aumento no vale-refeição! De quinta-feira até hoje, com todas as nossas
tratativas, a greve, a falta do serviço de que a população precisa - e os
funcionários estão em greve porque necessitam -, nós tivemos hoje um real, Ver.
João Dib, de aumento no vale-refeição! Essa foi a grande vitória conquistada.
Ver.
Garcia, o que está acontecendo com o seu Governo, aquele que prometeu melhorar
as coisas da nossa Cidade e manter aquilo que estava bom? Olha, eu posso dizer
que havia algumas coisas que a gente gostaria de ter mudado ou mudado mais do
que fizemos, por exemplo, na Saúde. Mas veja o que acontece: dão férias para o
nosso Secretário Pedro Gus, ele vai para Israel, e quem deve ser o Secretário?
Dizem que será o Vice-Prefeito, médico. Nós estamos atentos, Ver. Dr. Goulart,
muito atentos às questões da Saúde de Porto Alegre, porque a Prefeitura disse
para os Secretários, hoje de manhã, na Reunião, que perdeu o dinheiro do
QualiSUS, no Pronto Socorro e no Postão, dinheiro certo do Governo Federal. Nenhuma
palavra, nenhuma voz, e espero que o Vice-Prefeito, que é do seu Partido, seja
o primeiro a ir ao Palácio Piratini e me dizer: “Devem-me 30 milhões. Paguem o
que me devem”. Porque o Governo Federal envia - está aqui! Todo dia eu recebo
as notas da Câmara, e está lá: dinheiro disso, dinheiro daquilo - dinheiro para
a Saúde de Porto Alegre. Está vindo dinheiro do Governo Federal para a Saúde de
Porto Alegre, indiscutivelmente. Indiscutivelmente!
Agora,
as coisas não andam bem em Porto Alegre; pelo contrário, andam muito mal. A
Cidade está abandonada, suja; a EPTC não existe! Não sou eu que estou dizendo,
o povo de Porto Alegre já descobriu, há muito tempo, que a EPTC é um fantasma,
aquilo não existe, e pior: a arrogância do Secretário e da sua equipe, que
acham que tudo que fazem é uma maravilha! Ele, como Secretário, é um bom
professor de Engenharia da UFRGS. É isso, e é um elogio! Porque todo mundo liga
para a EPTC, e não há retorno. E o povo está vendo o desencanto.
Hoje,
meus caros colegas Vereadores, o Ver. Beto Moesch faz uma reunião para discutir
a qualidade do ar, assunto a ser discutido na Semana do Meio Ambiente. Eu estou
entregando hoje um documento de quatro laudas, mostrando que, mesmo estando na
oposição, uma oposição como a nossa, responsável, que pensa na Cidade e colocou
propostas concretas, em quatro laudas, para o Código Municipal do Meio
Ambiente, em especial sobre a qualidade do ar. E também à EPTC, para fazer
medição da qualidade do ar, que eu vi uma vez este ano, na imprensa.
Então nós estamos contribuindo, a gente não vem aqui apenas para fazer queixa,
choramingar; a gente vem aqui para colocar as coisas concretamente para a
Prefeitura.
E digo mais: o Governo Municipal não pode se
queixar da Bancada do PT, Bancada de oposição nesta Casa, porque deu acordos
para votar todas as questões que tinham a ver com liberação de dinheiro do
Governo Federal. Nós estamos atentos e queremos colaborar com o Governo
Municipal; agora, não falar nada dos mais de 40 milhões que se foram, que não
vieram, que diminuiu do ICMS do Estado, convenhamos, o Governo poderia dar 3%
de aumento real, se não houvesse a queda do ICMS. Sim, Ver. João Dib, não
adianta dizer que não; é sim! O Governo diz que são 40 milhões; pelos meus
cálculos, são mais de 48 milhões, ou seja, 3% de aumento real, se não houvesse
a sonegação de ICMS, porque fecharam o Posto Fiscal de Guaíba. É uma vergonha
para Porto Alegre, mas vergonha maior ainda é o Governo do Município se calar
diante dos 30 milhões que não vieram do Governo do Estado para a Saúde, e dos
quase 50 milhões a menos de ICMS. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): O Ver. Mario
Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MARIO FRAGA: Verª Neuza
Canabarro, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara; pessoas que estão nos
visitando, eu falo em tempo de Liderança do PDT, conforme o nosso rodízio de
Bancada, neste espaço cedido pela Verª Neuza Canabarro.
Em primeiro lugar, não tenho o papel de Procurador
do Prefeito, mas é minha obrigação, como Vereador da base, tentar falar alguma
coisa ao Ver. Adeli e à Bancada do PT, tendo em vista que, na segunda-feira, a
Verª Clênia Maranhão delegou uma reunião para eu participar junto com os
funcionários, principalmente com o Presidente do Simpa e a sua direção. E,
naquele momento, ficou bem claro... E aqui na Câmara também, Ver. João Antonio
Dib, estivemos junto com a Presidente, Srª Carmem Padilha, no gabinete da Presidenta,
Ver. Maria Celeste, quando ela deixou
bem claro - não ela diretamente, mas o seu vice, o Sr. Mário, que os 14% desses
20% que eles pedem, hoje - que já não são mais 20% são 17%, menos os 14,50%, já
são quase 2,50% -, os 14% são do Governo passado, Ver. João Antonio Dib, isso
tem de ficar bem claro. O Ver. Adeli Sell vem aqui, faz o discurso, mas não diz
que os 14% que eles querem que o Governo reconheça são do Governo passado, não
são do Prefeito Fogaça, não são desta Administração.
Eu
digo mais ainda: o Secretário Clóvis Magalhães já chegou ao limite referente à
Lei de Responsabilidade Fiscal, que já estava em 46%, foi a 48,5% com esses 3%,
e aumentando ainda mais um real, proposta esta, Ver. João Antonio Dib, que não
foi nem analisada na assembléia geral dos funcionários, na sexta-feira, quando
o Secretário Clóvis se propôs, junto com o Governo, junto com a Secretária
Sônia - que estava no gabinete do Secretário - e mais o Secretário Cristiano
Tatsch, a aumentar o vale-refeição em mais um real, só o normal, não o extra,
que passaria para 10 reais, também dando ao Sindicato a condição de participar
da Comissão Paritária para averiguar e acompanhar as finanças da Prefeitura
Municipal de Porto Alegre. Se as finanças da Prefeitura Municipal de Porto Alegre
tiverem um superávit - e, com certeza, sendo superávit é positivo -, o índice
desse superávit poderia - uma parte, um percentual - ser repassado como ganho
real dos funcionários municipais de Porto Alegre. E o Simpa também não quis
avaliar essa proposta. Eu falei pelo Secretário Clóvis Magalhães com o Simpa,
que não quis nem avaliar essa proposta. Digamos hoje que nós estamos em
superávit na Prefeitura, depois de ter assumido com aquele déficit de quase 200
milhões, neste ano, eu mesmo não conhecendo as contas, os números específicos,
mas tenho certeza, Ver. Carlos Todeschini, que o índice será positivo, e os
funcionários públicos não quiseram nem avaliar essa questão. Eu cheguei a falar
em um delta de 50% desse avanço para o funcionário público, em janeiro,
sem desconto do dissídio, Ver. João Antonio Dib, dando um aumento, em janeiro,
desse plus, sem descontar o dissídio de maio, e os funcionários públicos
não quiseram nem analisar essa proposta. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada,
Ver. Mario Fraga.
O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª
Presidenta, Neuza Canabarro; Srs. Vereadores, pena que eu não localize aqui o
Ver. Comassetto, que falou a respeito do meio ambiente e distribuiu um belo
prospecto do Greenpeace. Mas, quando ele fala que o Vereador e Secretário Beto
Moesch não fez nenhum estudo a respeito da questão do ar de Porto Alegre, eu
quero dizer que Porto Alegre sofreu as duas maiores agressões ao seu meio
ambiente quando foi aprovado, em primeiro lugar, o Projeto Hermes e, em segundo
lugar, o Projeto Parque Germânia. O Projeto Hermes permitiu a construção -
autorizada pelo então Secretário Hideraldo Caron, em cima das nascentes do
arroio Areia - de edifícios com uma metragem e uma volumetria que ninguém
permitiria em outras cidades menos selvagens e menos agressivas no seu
crescimento e na formação de “paliteiros”. Quando a gente viu a inauguração e o
cercamento do Parque Germânia, houve, talvez, uma das demonstrações mais
constrangedoras de pressão a este Plenário, quando foi aprovada a construção do
Parque, com 32 torres de 23 andares cada uma. E agora vejam o que está
acontecendo em volta do Parque Germânia; proponho que os Vereadores façam uma
visita ao Parque Germânia atual, à sua volta, onde há o maior pombal construído
nesta Cidade, em volta do Shopping Iguatemi, em volta do Parque Germânia, de
forma inadequada, pois foi fechado. E hoje nós vemos, a cada edifício que sobe,
a cada torre de mais de 60 metros de altura, nós vemos o despreparo e a
impossibilidade de abrigar, nos próximos anos, 10 a 15 mil pessoas, quando já
às 6h30min, Ver. Professor Garcia, o trânsito, na Av.Túlio de Rose, o trânsito,
na Av. Nilo Peçanha, já está congestionado. Mas não são só as questões viárias;
as questões de meio ambiente não foram solucionadas, e foi autorizado pelo
Partido dos Trabalhadores! Eles, que falam em meio ambiente, fizeram o crime de
licenciar o Projeto Hermes, cuja história todos aqui nesta Câmara conhecem, e
muito bem e, sem mexer nenhum músculo da cara, eles vêm aqui falar sobre meio
ambiente. Evidentemente que, quando nós falamos e há esta reação por parte de
Vereadores do Partido dos Trabalhadores, é porque nós estamos no caminho certo,
realmente, mesmo porque eu não queria estar com razão, eu queria mesmo é estar
totalmente errado. Todos os Vereadores que estão aqui sabem muito bem como é
que eram tratados os assuntos do meio ambiente e como foram tratados,
desgraçadamente para esta Cidade, pois foi uma das Administrações mais nefastas
ao meio ambiente, e eles vêm para esta tribuna reclamar.
(Não
revisado pelo orador.)
(A Verª Maria Celeste reassume a presidência dos trabalhos.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Professor Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, hoje pela manhã,
reuniu-se a nossa Comissão, a Comissão de Economia Finanças e Orçamento, que eu
presido - o Ver. Luiz Braz é Vice-Presidente, fazendo parte o Ver. João Antonio
Dib, o Ver. Adeli Sell e a Verª Maristela Meneghetti -, lá compareceram também
a Verª Margarete Moraes; a Verª Sofia Cavedon; o Ver. Ervino Besson e o Ver.
Raul Fraga; além do Secretário Clovis Magalhães, mais o Secretário da Fazenda,
Cristiano Tatsch; a direção do Simpa e a direção da Associação dos Técnicos
Científicos Aposentados, na pessoa do Darvin Ribas, e a função da Comissão era
mais de ouvir os relatos e tentar fazer uma aproximação. Eu acho que houve um
avanço, não um avanço talvez naquilo que se queira na totalidade.
Eu
sempre aprendi, digo, e já disse aqui, algumas vezes, que o negócio para ser
bom tem de ser bom para ambas as partes, porque senão uma fica prejudicada, ao
mesmo tempo também aprendi que, para uma boa negociação, é de bom alvitre que
cada um abra a mão de alguma coisa.
E
hoje, depois de todas as explanações, e o Ver. Mario Fraga já colocou algumas
coisas, o Executivo ampliou a proposta da questão do vale-alimentação. Hoje,
cada funcionário recebe R$ 8,00 por vale-alimentação; a proposta do Executivo,
pela manhã, seria em vez de R$ 9,00, passar para R$ 10,00, e com um detalhe, o
Secretário fez questão de dizer que seria a partir deste mês de junho. Isso
daria um total de 25% relativo aos valores de hoje de R$ 8,00. Colocou que a
progressão para fazer esse esforço - foi a palavra que o Secretário colocou -
de R$ 8,00 para R$ 10,00 do vale-alimentação, está longe da proposta que os
funcionários pediram, que era de R$ 15,00 o vale-alimentação. O Executivo está
propondo, hoje, R$ 10,00. E, em contrapartida, colocou que a progressão, de
2002 a 2004, na primeira proposta, seria vinculada a partir de agora. Então, o
que o Poder Executivo fez: antecipa o vale-alimentação de R$ 8,00 para R$
10,00, a partir deste mês; e a progressão, a partir de janeiro de 2008, mas,
logicamente, sabemos que toda a progressão vem retroativa, ou seja, vem desde o
período inicial. Também foi proposto por parte do Secretario Municipal de
Gestão e Acompanhamento Estratégicos, Clóvis Magalhães, que fosse criada
uma Comissão Paritária do Poder Executivo com funcionários indicados pela
diretoria do Simpa para fazer um estudo econômico sobre o impacto das
propostas, ver as Receitas e Despesas do Município, e sugeriu ainda que se
estabelecesse um prazo de 90 dias, após a instalação dessa Comissão, para que
eles trouxessem os resultados. Então, dizer que isso não é um avanço... Eu acho
que foi um avanço. Inclusive, a Comissão - a idéia inicial foi do Ver. João Antonio
Dib - conseguiu, hoje, quebrar um pouco o gelo, distensionar, porque lá estavam
tanto o Poder Executivo como os municipários, e nós, Vereadores, como
intermediários.
Ouvi
atentamente a fala do Ver. Adeli Sell, que colocou com propriedade, mas é que
não podemos, Ver. Adeli Sell, espetar e dizer que o Governo do Estado vai ter
que dar o que nos deve. Não é assim! Se fosse assim, e V. Exª sabe, por exemplo
- seria até interessante que V. Exª também acompanhasse -, a Governadora Yeda,
tenho certeza, gostaria de espetar o Presidente Lula para pagar mais de um
bilhão da Lei Kandir, das exportações.
(Aparte
anti-regimental da Verª Margarete Moraes.)
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Eu
estou falando da Lei Kandir, das exportações, que hoje são valores altíssimos.
Não quero entrar nesse mérito, só estou colocando a provocação, porque sabemos
da dificuldade. O Prefeito não vai chegar, pegar uma arma e colocar na cabeça
da Governadora Yeda e dizer: me paga aquilo que deve. Eu volto a dizer, isso
sempre está no âmbito das negociações. Finalmente, quero colocar que acho que
hoje houve uma evolução; não sei qual o resultado que vai ser implantado e
dimensionado na reunião, na quarta-feira, dos municipários, mas acredito que
houve uma evolução. Volto a dizer, talvez não seja aquilo que se espera ou que
os municipários esperam, mas, de qualquer maneira, houve uma evolução. Muito
obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje eu até não
queria falar, mas ouvindo os meus doutos colegas eu, de repente, preciso
colocar algumas coisas nos seus devidos lugares. Eu vi a nobre liderança do PT
desfilando, enquanto o orador na tribuna falava sobre poluição ambiental e o
nobre Líder do PT dizia: ah, ele não sabe o que está falando. Bom, o PT fez
imensos danos ao meio ambiente em Porto Alegre: 154 árvores foram autorizadas a
cortar, por exemplo, algumas árvores nativas, na Correia Lima, pela
Administração do Sr. Raul Pont. Na esquina da Vasco da Gama com a Rua Thomas
Flores, a Prefeitura cortou 22 árvores de uma esquina para vender o terreno, e
o vendeu. Alguma coisa aconteceu, porque a obra, agora, está paralisada. Eu
acho que ela não podia cortar as árvores. Agora, foram dezenas de Decretos do
PT, autorizando o corte de figueiras em Porto Alegre, que é uma árvore de corte
proibido. Quando eu deixava a Prefeitura, plantei, na Praça Parobé, uma figueira,
e na placa dizia que se estava plantando uma figueira, porque se acreditava no
amanhã. Mas o amanhã foi muito curto, porque a Administração do PT asfaltou em
torno da figueira, matou a figueira.
Eu
fico meio preocupado quando estão falando em meio ambiente, quando eles não
respeitaram o meio ambiente! Basta ver os Decretos que estão publicados e
autorizados, o único que está embrulhado é o da Rua Thomas Flores com a Vasco
da Gama.
Mas
eu também ouço falar em dinheiro do Estado para a Saúde, que já está na
Justiça, mas a Justiça também condenou Olívio Dutra a devolver o dinheiro para
a Prefeitura. Quando da alteração de Governo em Porto Alegre, o dinheiro do SUS
diminuiu enormemente, tanto que, em 2006, ainda não chegou ao valor igual ao de
2002. Acho outra graça imensa quando os Vereadores que entendem de orçamento
uma barbaridade falam do superávit da Prefeitura. É superávit primário, porque
o meu Professor Antenor Winck Brum, numa das aulas de Economia que eu recebi na
Escola de Engenharia, disse que o Orçamento Público deve ser equilibrado. Mas
se não for equilibrado, deve até ser deficitário, porque o Orçamento
superavitário significa uma das duas coisas: ou está sendo mal-usado o dinheiro
ou está sendo cobrado excessivamente. No caso do superávit primário: Receita,
Despesas correntes, e o que sobra é para pagar as contas que foram feitas ao
longo do tempo. O Dr. Lula, esse viajante internacional que vai até assistir
partida de futebol, também tem um superávit primário de 5% do seu Orçamento,
para que ele possa continuar fazendo financiamento das dívidas que o País tem.
Então, quando se fala em superávit primário, não se está dizendo que está
sobrando dinheiro na Prefeitura, não; mas é para pagar as dívidas feitas por
administrações anteriores, pela atual, enfim, por todos; não se está condenando
esse ou aquele, mas é para pagar as dívidas.
O
que eu queria que, hoje, tivesse sido analisado é a execução orçamentária deste
ano na Prefeitura. Mas alguns disseram apenas que era vontade política, e eu
gostaria que eles entendessem um pouco mais de execução orçamentária. Saúde e
PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Exma Srª Presidenta desta Casa, Verª Maria Celeste; nobres
Vereadoras e Vereadores, acabamos de chegar, neste momento, do 3º Regimento de
Cavalaria, aqui de Porto Alegre, onde foi entregue a Bandeira Brasileira, vinda
do Haiti, com 73 soldados gaúchos, alguns porto-alegrenses, do Estado do Rio
Grande do Sul, em que a Bandeira dessa Companhia foi devolvida ao Comandante
Militar do Sul. Há seis meses ela saiu aqui de Porto Alegre, foi ao Haiti,
cumpriu com a sua missão. Foram lá, como soldados, num país em crise. E os
jornais retratam também, como a gente viu lá, o trabalho desenvolvido no Haiti,
um trabalho de base, um trabalho de pacificação, de recuperação das estruturas
daquele país, em que os soldados brasileiros, sob a chefia do Presidente da
República, vão além-mares defender a paz do mundo.
Vamos
imaginar há sessenta e tantos anos, na II Guerra Mundial, essa viagem, que hoje
é feita de avião. Naquela época, aqueles heróis transpuseram os mares. Conta-se
uma história que poucos conhecem: o símbolo da FEB - Força Expedicionária
Brasileira - é uma cobra com um cachimbo na boca; e muito poucos sabem - talvez
os senhores saibam o porquê da cobra fumando - que, quando o Brasil entrou na
guerra, a Alemanha ficou surpresa, e comunicaram que seria mais fácil a cobra
fumar do que os soldados brasileiros aportarem na Itália. Então, ela ficou como
símbolo da FEB; falaram que a cobra acabou fumando, na Itália.
E
eu quero aproveitar esta oportunidade, Srª Presidenta, para convidar os nobres
colegas desta Casa e o público para amanhã, às 10h, por uma Resolução desta
Casa, a entrada da Câmara de Vereadores vai levar o nome do soldado
expedicionário Artur Lourenço Stark, único soldado porto-alegrense que ficou na
Itália, lá entregando a sua vida, lá entregando o seu sangue para a conquista
da liberdade, da democracia e da paz mundial. Eu acho que a Câmara de
Vereadores de Porto Alegre estará pagando, fazendo o resgate da memória desses
heróis e, principalmente, de um filho porto-alegrense, que chega a ser, Srª
Presidenta, um soldado anônimo, porque não foi possível detectar a sua árvore
genealógica. Além de prestarmos uma homenagem a esses que conquistaram os
feitos na Itália, também estamos homenageando todos os que foram e que, quando
voltaram, ficaram desassistidos, muitos foram abandonados trôpegos,
enlouquecidos pela II Guerra.
Eu
também queria comentar que estivemos presentes no Ato Público de repúdio à
corrupção, realizado na sexta-feira, quando a nossa Presidenta, Verª Maria
Celeste, se manifestou com muita propriedade, defendendo a transparência e a
verdade para combater a corrupção e o nepotismo, que está-se acabando nesta
Casa também. Acho que o ato contra a corrupção, para colhermos algum fruto, tem
que partir de nós. Temos que fazer um pacto com nós mesmos de não pactuarmos
com a corrupção em todos os sentidos: a corrupção contra a verdade, contra os
desmandos, contra as políticas, não só contra o malfadado desvio de dinheiro.
São bilhões, mas mesmo que fossem centavos, a indignação tem que ser a mesma.
Eu louvo essas atitudes, para que tenhamos um País mais honesto, mais
consentâneo, mais saudável. E, com isso, quero reverenciar os filhos deste
País, que, cumprindo com o seu dever, vão além-mar defender este País e,
principalmente, a paz do mundo. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregôo
Memorando informando que o Ver. Dr. Raul estará representando a Casa na
cerimônia de abertura oficial da 23ª Semana do Meio Ambiente, a realizar-se
hoje, às 18h, na Famurs.
Informamos,
também, através de Memorando, que a Verª Neuza Canabarro estará representando a
Casa na Cerimônia Comemorativa ao Tombamento da Rua Gonçalo de Carvalho -
Patrimônio Histórico, Cultural e Ecológico - e assinatura do Decreto de
Tombamento da Rua João Mendes Ouriques, a realizar-se no dia 5 de junho, às
9h30min.
Informamos,
ainda, através de Memorando, que a Verª Neuza Canabarro estará representando a
Casa na Solenidade de Reinstalação da 2ª Delegacia de Polícia, a realizar-se no
dia 6 de junho, às 15h.
O
Ver. Dr. Raul está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. DR. RAUL: Verª Maria Celeste, Presidenta
desta Casa; Vereadoras, Vereadores, aqueles que nos assistem através da
TVCâmara, venho, neste momento de Liderança do PMDB, em primeiro lugar para dizer
da minha satisfação por alguns eventos que vêm acontecendo aqui nesta Casa, e
para cumprimentar a nossa Presidenta e a Casa pelo seminário realizado na
quinta e na sexta-feira, com amplo sucesso, que tratou da gravidez na
adolescência; havia em torno de 300 pessoas, foi bem interessante, trocou-se
muito conhecimento aqui, e isso é muito interessante na área do planejamento
familiar, uma das áreas às quais eu mais me dedico.
Uma outra informação, principalmente aos colegas
aqui da Casa, é que num evento do PMDB neste final de semana, realizado no
Hotel Samuara em Caxias do Sul, tive a grata satisfação de ver também a nossa
bandeira do planejamento familiar ser aceita entre uma das bandeiras do PMDB
Estadual, que vai passar a defender isso como um ponto de honra do Partido.
Em relação à nossa Secretaria Municipal de Saúde,
lá estivemos na sexta-feira, contribuindo para a solução, mais uma vez, dessa
questão ligada ao Posto dos Comerciários, e acredito que tenhamos dado uma boa
contribuição. Temos aquela visão de que ele está em um bom andamento agora; as
obras estão sendo feitas. Tem que haver um grande respeito aos profissionais
que lá estão - já foi colocado aqui pelo Ver. Dr. Goulart -, e esperamos que os
profissionais sejam afastados o mínimo possível daquela região, para que não
saiam dos seus locais de trabalho, que seja o mais perto possível para que
possam desempenhar as suas atividades médicas. Lá também segue um atendimento
de emergência, o que também é muito importante para a comunidade.
Essa representação que hoje faço da Casa, acho
muito importante, porque diz respeito à Semana Mundial do Meio Ambiente.
Estaremos na Famurs representando a Casa, às 18h, na cerimônia de abertura de
tão importante evento.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Havendo quórum, passamos à
Em
votação o Requerimento das Lideranças que estabelece a seguinte ordem de
discussão e votação, prioritariamente, dos Projetos e Processos na Sessão de
hoje: obrigatoriamente, primeiro, o Veto Total ao PLCL nº 025/05; PELO nº
002/06; PR nº 096/06 e Requerimento nº 065/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3673/05 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº
025/05, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que revoga o
inc. V do art. 21 da Lei Complementar nº
7, de 7 de dezembro de 1973, e alterações posteriores, que institui e
disciplina os tributos de competência do Município.
Pareceres:
- da CEFOR. Relator
Ver. Luiz Braz: pela manutenção do Veto Total;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Guilherme Barbosa: pela rejeição do Veto Total.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 31-05-07.
Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.
- Trigésimo dia: 03-06-07 (domingo).
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLCL nº 025/05 - Veto Total. (Pausa.) O Ver.
Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLCL nº 025/05 com Veto
Total.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste, meus colegas Vereadores, minhas colegas
Vereadoras, estamos iniciando a discussão do Veto ao Projeto de nossa autoria,
que pretende elevar a alíquota das chamadas transações de leasing em Porto Alegre de 2% para 5%. É bom situarmos que, na
municipalidade, o ISS representa, hoje, em torno de 20% das Receitas líquidas
do Município. Portanto, eu estou falando de recursos consideráveis para as
demandas enormes que tem esta Cidade e, de resto, para os municípios
brasileiros. Ora, nós conhecemos a lógica no mundo capitalista e a lógica
dentro do nosso País. E o Brasil, lamentavelmente, não foge às regras dos
países periféricos: a carga tributária é muito alta e os serviços são muito
ruins, Ver. Goulart. Mas o pior é que quem paga mais imposto neste País não são
os ricos; são os pobres. E eles pagam o imposto indireto, que é o pior dos
impostos. O imposto que incide na latinha de cerveja é o mesmo imposto para o
rico e para o pobre, e eu posso transportar esse exemplo para outros itens de
consumo do dia-a-dia. Quando a gráfica que está estabelecida aqui nesta Cidade
tira uma nota, ela tem que pagar 5% de ISS, e assim também é com a hotelaria e
em outras atividades. Mas aí, por incrível que pareça, quando a gente abre os
balanços do sistema financeiro, a gente vê esses lucros astronômicos,
estratosféricos, tanto dos bancos públicos, como dos bancos privados, pois eles
não diferem. Um banco mal-administrado dá muito dinheiro; um péssimo, dá muito
dinheiro; e um banco bem-administrado dá um caminhão de dinheiro! Portanto, eu
estou falando em cobrar transações dessas instituições financeiras. Em outras
ocasiões, no Governo passado, fui parceiro para que nós reduzíssemos a alíquota
das transações da área da informática, o que fizemos acertadamente. Neste
Governo ora em andamento, no Governo José Fogaça, depois de uma, duas, três,
quatro reuniões com o Secretário Cristiano Tatsch, convencemos em mandar para
esta Casa, e esta Casa aprovou, a redução, por exemplo, no recapeamento de
pneus, porque as poucas empresas recapeadoras que estavam aqui no Município,
pelo menos com a alíquota de 3%, resolveram não sair daqui. Então, aqui desta
tribuna, está falando alguém que não tem uma voracidade por aumentar imposto;
pelo contrário, eu quero dizer que no setor produtivo, eu estarei perfilado ao
lado de todos aqueles que queiram lutar pela redução de tributos federais,
estaduais e municipais. Vejam a Lei Bresser, por exemplo: as pessoas tinham um
prazo para tirar os extratos, e os bancos se negaram a dar os extratos. E a
nossa Procuradoria da União teve que entrar para garantir os direitos dos
cidadãos, porque nem sequer os extratos davam. Então, contra essa gente não tem
que ter piedade, porque se eles puderem matar e chorar, eles o fazem, contra o
povo. Porque juros de 10% para o cidadão que depende de comprar um prato de
comida, ou do cartão de crédito, em que o sujeito compra e tem que pagar, isso
é o que está aí. Então, eu tenho oposição. Alguém virá a esta tribuna defender,
e eu respeito; sou um sujeito altamente compreensivo com essa questão, acho que
o debate político se qualifica e não levo a política para o lado pessoal.
Portanto, estou tranqüilo nisso. Sei que a base do Governo tem divisão em
relação a isso, e eu não vou fazer, de maneira nenhuma, pedido de voto
individual para ninguém, porque acho que esta Casa sempre vota pela sua melhor
consciência, e, portanto, eu vou respeitar.
Nós
tivemos a aprovação do Projeto? Pode haver companheiros que mudaram de opinião,
isso é do jogo político, mas eu vou continuar sustentando a minha posição,
porque a acho honesta, porque quando me elegi, traduzi-a desta forma. Portanto,
não concordo com essa lógica de que a transação de leasing elevaria o
custo para o consumidor final, de jeito nenhum! Até porque essas transações são
de pessoas que têm poder aquisitivo para isso, e acho que o próprio sistema de
concorrência trataria de diluir, porque não iam querer perder mercado.
Portanto, os bancos regulariam essa questão. Peço desculpas pelo excesso, e
agradeço a atenção dos colegas Vereadores e Vereadoras. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir o PLCL nº 025/05 com
Veto Total.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª
Presidenta, Vereadores, Vereadoras, eu, Ver. Sebastião Melo, respeito muito a
sua posição, mas V. Exª está totalmente equivocado. Nós, efetivamente, estamos
aumentando imposto para o menos favorecidos pagarem. Não são os bancos que
pagam imposto, o imposto incidente sobre a taxa do leasing é um custo
operacional. Custo operacional o banco repassa, não é um custo dele, é um custo
operacional. Ele repassa para o tomador do leasing. Então, quem não pode
comprar um bem à vista, vai comprar a prazo mediante uma operação de leasing
e vai pagar o custo financeiro. Ora, se esse custo financeiro for aumentado por
tributo, quem vai pagar o custo vai ser o tomador do leasing, evidente,
mais do que cristalino. Eu trabalhei na área financeira durante 30 anos, sim,
trabalhei, não só em banco, fui gerente financeiro de várias empresas e sei
quem é que paga os custos financeiros. É uma coisa óbvia: o banco repassa tudo.
Ver.
Elói Guimarães, se, por acaso, nós aqui estivéssemos aumentando o imposto de
renda sobre o lucro dos bancos, nós poderíamos dizer que estávamos tributando
os bancos. Mas, mesmo assim, os bancos, se tiverem o imposto de renda
aumentado, também irão repassar, no seu custo, para que o lucro seja mantido.
Os bancos estão ganhando muito dinheiro? Estão! Por que estão ganhando
dinheiro? Porque existe um grande tomador de empréstimos, e o grande tomador de
empréstimos é o próprio Governo, para financiar o seu déficit diário de caixa.
Se o Governo não tomasse empréstimo, a taxa de juros iria cair. Agora, isso é leasing,
é custo operacional, isso aumenta a carga tributária. Já estamos em quase 40% e
agora estamos aqui querendo aumentar esse imposto. Ora, vejam, senhoras e
senhores: qual é o Prefeito que não quer aumentar a sua arrecadação? Não
existe! Pois o nosso Prefeito não quer aumento de tributo, não quer aumento de
alíquota; ele quer aumentar a arrecadação, não com aumento de imposto, mas,
sim, com eficiência da máquina arrecadadora. Nós temos vários argumentos aqui
do Prefeito, que tem toda a razão, foram muito bem arrazoados os motivos do
Veto: realmente os bancos repassam, realmente é um aumento do custo para o
tomador do empréstimo e que, mesmo aumentando, isso representaria muito pouco
na arrecadação, e eu acredito que ainda diminuiria a nossa arrecadação. Porque
aqui em Porto Alegre, Ver. Dib, nós reduzimos a alíquota do ISSQN sobre a
informática, e aumentou a arrecadação; o Ver. Sebastião Melo reduziu a alíquota
do imposto sobre a recapagem de pneus, e aumentou a arrecadação. Estamos
justamente na contramão da direção correta!
Então,
eu proponho que aceitemos o Veto do Sr. Prefeito, porque é o adequado. Se o
Ver. Sebastião Melo quiser um aparte, com muito prazer, ainda há tempo.
O
Sr. Sebastião Melo: Ver.
Nedel, muito obrigado pelo aparte. Há várias razões para justificar este
Projeto, mas a alíquota de 2% para 5% já justificaria, por tudo aquilo que os
bancos não pagaram ao longo da sua história, aqui em Porto Alegre, e a
Prefeitura é frouxa em relação a isso - na gestão passada e na atual -, e
deveria cobrar dos bancos: banco tem que pagar imposto! A geração do tributo é
aqui, portanto tinha que autuar essas empresas, dentro das empresas de
automóveis, que possuem agências financiadoras sem alvará!
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Vereador,
V. Exª é advogado, V. Exª sabe que a Lei não está clara. A Lei fala sobre o
local da operação. O local da operação é expresso de onde se assina o contrato,
que é o comprovante da operação. Ora! Os bancos que têm sede em São Paulo,
colocam em São Paulo, e aí? Onde é o local da operação? O Banrisul é o único
banco que recolhe, no meu entendimento, adequadamente: no local onde reside o
tomador do leasing. Então o Banrisul paga aqui em Porto Alegre, paga em
São Luiz Gonzaga, paga em Santa Maria. Eu acho que aí é o adequado. Mas vejam,
o Banrisul paga adequadamente 2%; vai pagar 5% e vai perder operações para
outros bancos que recolhem fora daqui. E nós temos todos esses detalhes na
justificativa do Sr. Prefeito, que está à disposição dos senhores e das
senhoras.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCL nº 025/05 com Veto
Total.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maria Celeste, colegas Vereadoras e Vereadores, cidadãs e cidadãos,
quando nós discutimos esta matéria, Ver. Sebastião Melo, eu disse ao Ver. João
Dib, de um modo especial, porque sempre é uma pessoa atenta às questões de
tributação, de finanças, de orçamento, que a nossa posição era uma exceção. Nós
mantemos a nossa posição de não aumentar o ISS na Cidade, era de diminuir.
Inclusive, votamos, já no passado recente, na questão, por exemplo, da
recapagem de pneus - pela diminuição. Lutamos aqui com o Ver. Newton Braga Rosa
e outros, no passado, pela diminuição do ISS na área de TI - o Ver. Newton
Braga Rosa sabe o quanto foi importante isso.
Na
questão do leasing, não há discurso do Ver. Nedel que me convença que
nós tenhamos que manter o Veto. Eu entendo que os bancos tentem passar sempre
os abacaxis para os usuários, mas nós temos que criar uma verdadeira rebeldia a
esse ganho fácil dos bancos.
Eu
dizia ao Ver. Sebastião que taticamente a Bancada do PT votava pelo Projeto e
vai manter sua posição, até para ver se conseguimos abrir minimamente um debate
aqui. Agora, se a Prefeitura não ajudar, a Prefeitura não vai poder dar os dez
reais do vale-refeição, muito menos onze reais, muito menos os quinze reais que
a Prefeitura deveria dar para atender à demanda dos servidores.
Eu
já expliquei aqui que os 3% de aumento real poderiam ser dados, se nós não
tivéssemos a sonegação de ICMS, em que perdemos mais de 40 milhões de reais -
dados oficiais da Prefeitura; a Prefeitura anunciou a perda de 40 milhões, mas
na verdade são quase 50 milhões. No ano de 2005 foram, em números redondos, 20
milhões. O ISS é a mesma coisa: eu faço um leasing, compro um carrinho
popular, e lá está o banco que me financia, trabalhando dentro da revendedora
de carros com endereço de Barueri - no meu caso foi de Itapecerica da Serra! É
uma ilegalidade! E o que faz a Prefeitura? Nada! Quando eu fui Secretário da
SMIC, nós íamos nos “bacanas”, em todo mundo que tinha “culpa no cartório” e
agíamos da mesma maneira. Fechei casa noturna de gente graúda, que foi para o
Tribunal, inclusive conseguiram uma liminar, não sei como, de uma sexta para um
sábado, só porque tinham uma festa da Farsul, da Expointer. Ganharam uma
liminar, sem explicação, entenderam? Então não dá. Banco, como já disse um
grande poeta: não sei o que é mais grave, aquele que funda um banco ou aquele
que rouba um banco. Não fui eu quem disse isso, foi um grande poeta, por sinal.
O
Sr. João Carlos Nedel: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, a Prefeitura está
fazendo sim...
O
SR. ADELI SELL: Mas eu
aviso que eu não tenho papas na língua.
O
Sr. João Carlos Nedel: A
Prefeitura está notificando todos os bancos que têm operação de leasing
para pagar aqui o imposto, isso está tudo na Justiça, V. Exª sabe muito bem. Eu
só quero lembrar...
O
SR. ADELI SELL: Mas a
nossa Justiça só dá liminar! Não tem Prefeitura, não tem gestor público que
tenha coragem de dizer que a Justiça está errada! Todo mundo se abaixa diante
da Justiça do Rio Grande do Sul; eles dão liminar a rodo e dizem que a Justiça
do Rio Grande do Sul é a melhor do Brasil! Não é verdade!
O
Sr. João Carlos Nedel:
Nós temos que respeitar a Justiça, Vereador.
O
SR. ADELI SELL: Não é
verdade! Se uma Prefeitura tem a convicção de que está sendo lesada, roubada,
tem que dizer que o Judiciário não pode dar liminar! O Judiciário está tomando
lugar da Prefeitura e a Prefeitura fica quieta. A Prefeitura pode pagar a mídia,
gasta a mídia, não faz nada, e nós ficamos aqui quietos. O nosso dinheirinho
está indo para São Paulo, para Barueri.
Onde
está o Ver. Alceu Brasinha, que estava aqui agora? O Ver. Alceu Brasinha tem
uma empresa, já está levando bordoada, porque a Av. Baltazar de Oliveira Garcia
está parada. Não dá gente! Isso aqui é um Parlamento que tem que ter voz, não
pode se dobrar diante do Judiciário! Mas o que é isso? A Prefeitura diz que
está na Justiça, por que a Prefeitura não fala? Eu não vou me calar. Sou testemunha
da Prefeitura.
Estou
levando um processo, porque questionei um Desembargador. Mas que vergonha! Mas
em que Estado de Direito nós estamos? Agora entraram com um processo em Caxias,
porque circulou num jornal, onde eu dei uma declaração sobre a questão do Morro
do Osso, e querem me cobrar cem mil reais de danos morais! Mas onde está a
liberdade de tribuna? O que é isso? Onde está o Estado de Direito, em que não
se pode falar? Vai ter censura aqui também? Vai voltar a ditadura para Porto
Alegre? Mas o que é isso? Onde é que nós estamos!
Ver.
Nedel, se a Prefeitura está sendo castigada pelo Judiciário, que ela fale!
O
Sr. João Carlos Nedel: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
V.
Exª sabe que a Prefeitura tem mais de 80 notificações aos bancos, e está em
processo de mais de 80 ações judiciárias contra os bancos. E V. Exª sabe também
que os bancos são os maiores contribuintes do ISSQN em Porto Alegre. E pagam 5%
sobre as operações bancárias. Agora, leasing são operações que são
repassadas ao tomador. E disso o nosso consumidor tem que ser protegido.
O
SR. ADELI SELL: Então V.
Exª me garante, já que está representando a base do Governo, garante uma
reunião com o Ver. Garcia, na Comissão de Finanças e Orçamento, para nós
sabermos... Não nos avisaram. A Prefeitura deveria enviar para cá, para a gente
poder discutir. Os funcionários não falaram isso hoje. Eu fico pasmo! Nós
tínhamos uma reunião hoje da CEFOR com a municipalidade, o Secretário não falou
nada, e o Secretário sendo cobrado dos funcionários que não tem dinheiro. Bom,
se os bancos pagassem, a gente não só daria os 3% de aumento real; dava tudo o
que os funcionários solicitassem. Mas é uma capitulação! Eu não entendo!
O
Sr. João Carlos Nedel: Vereador,
o funcionário da Secretaria da Fazenda, Chefe no ISSQN, André, está aqui à sua
disposição para qualquer diálogo, com muito prazer.
O
SR. ADELI SELL: Mas não
tem problema. Eu fico pasmo de não ter sabido isso antes! Eu quero divulgar na
Internet, quero que se coloque: Vamos fazer uma reunião na CEFOR. Vamos dar uma
listinha. Têm 80 picaretas. No Congresso Nacional eram 300 picaretas; então, em
Porto Alegre, já temos 80 picaretas. Por quê?
(Aparte anti-regimental do Ver. João Antonio Dib.)
O SR. ADELI SELL: Não, Ver. João
Dib, eu não tenho papas na língua. O Regimento Interno garante para nós a
imunidade parlamentar, e, se não se paga imposto... Os pobres têm que pagar; um
pobre não paga... Já cortaram água até de creche. Até de creche! Agora banco
não paga o leasing, e nós vamos ficar quietos? Afinal de contas, o povo
de Porto Alegre elegeu a gente para quê? Para defender os interesses coletivos.
Banco não representa a coletividade; banco representa os seus interesses. A
gente abre o jornal, a gente vê (Mostra o jornal.): “Ganho do trimestre, banco
x, um bilhão, oitocentos e lá vai pedrada”. É claro, não paga imposto! Não paga
imposto! Nós vamos comprar um “celtinha”, um “paliozinho”, um Gol, carrinho
popular, nós temos que pagar o leasing, e vai para São Paulo. Agora eu
sei, Ver. Nedel, nós temos uma lista de 80 picaretas. Então vamos dar nome aos
bois. Não estão pagando imposto. Vamos cobrar os impostos!
Eu vou dizer, na próxima reunião, aos funcionários
municipais. Quarta-feira aqui tem assembléia, vou estar aqui, que é meu dever,
porque sou Líder de uma Bancada, mas vou largar um folhetinho, quarta-feira, na
Assembléia do Simpa, dizendo: “Senhores e senhoras servidores, há 80 picaretas
em Porto Alegre, segundo o Governo Municipal, pela palavra do Ver. João Dib,
que não estão pagando ISS em Porto Alegre. Com esse dinheiro, nós poderíamos
dar aumento real”.
Ver. Brasinha, o senhor, que paga imposto, se o
senhor não pagar direito o ICMS, o fisco está em cima do senhor. Agora, o
senhor não é um grande empresário, é um empresário modesto, o senhor não pode
pagar uma banca de Primeiro Mundo de advogados, o senhor vai se ralar, porque o
senhor vai ter que ir ao balcão negociar humildemente o seu imposto. Já os
bancos têm muito dinheiro, têm mídia, são donos do poder, pagam uma babilônia
de dinheiro em publicidade, portanto vão estar sempre resguardados. Ainda bem
que nós estamos num Estado Democrático de Direito, Ver. João Dib, eu não me
canso de falar. Conquistamos a democracia a duras penas; nós podemos falar. E anotem:
a Prefeitura está se dobrando ao Judiciário. Depois não se queixem, quando o Judiciário começar a se
colocar no lugar do Executivo, porque, no lugar deste Executivo, aqui, quem
legisla somos nós, graças a Deus e às leis. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir o PLCL nº 025/05 com
Veto Total.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Srª Presidenta, Srs. Vereadores, didaticamente, a Lei brasileira classifica os
bancos em grandes, médios e pequenos. Evidentemente que dos bancos grandes nós
sabemos todos o seu nome e a sua sigla. Os bancos grandes, Ver. Sebastião Melo,
cresceram, no semestre passado; cresceram os bancos médios, isto é, no Brasil,
os bancos são bolhas, ilhas imensas de acumulação de capital.
Quando
uma lei - e isso é emblemático - toca em uma migalha dos interesses maiores dos
bancos, há uma mobilização tamanha, que às vezes nós pensamos e não entendemos
como uma lei de repercussão tão pequena no orçamento bancário passa a ter,
simbolicamente, essa importância do ponto de vista da Prefeitura de Porto
Alegre. Somos daqueles que acham que o aumento de 2% para 5% não pode
representar, nas questões de leasing, no volume todo - que deve ser um
volume abaixo de um percentual decimal, abaixo de um, zero vírgula pouco; um
pouquinho acima de zero - faça com que uma lei que tem tanto significado, uma
lei que coloca inclusive as pessoas do seu lado, possa ser não só vetada
pelo Governo, mas possa ter voto contrário, quando talvez se repassasse alguma
coisa mais consistente. As empresas, Ver. Sebastião, que sofrem com esses
percentuais e mudam de cidade são empresas pequenas e médias, não são grandes
empresas. Os bancos pouco se interessam se há um aumento maior ou menor dessa alíquota,
até porque, mesmo que o volume de leasing seja significativo, e não é,
nós sabemos que o percentual de leasing, numa estrutura bancária, é
pequeno em relação a outros percentuais, a outros ganhos e a outras cobranças
de taxas bancárias que fazem o grande movimento bancário. Evidentemente que a
questão de compra de dinheiro por parte do Governo já está tão estabelecida,
está tão entranhada na nossa cultura administrativa que, aumentar de 2% para
5%, talvez o gerente do banco faça um movimento com a sua sobrancelha ou
contraia meio músculo da face, nada mais. No entanto, essa Lei é algo assim que
tem um simbolismo fantástico; ela coloca o lado das pessoas, e o lado,
indiscutivelmente, Vereador, é o que vai contra os poderosos, evidente, é o
lado que vai a favor de um processo, de uma ideologia social-democrata, de um
bem-estar social comum de uma sociedade que se envergonha de ter 250 mil
desempregados na cidade de Porto Alegre, quando a nossa ideologia é do pleno
emprego.
Então, por que não desconcentrar essa renda por
meio de uma Lei? Ela é até uma mínima desconcentração da Lei, mas ela é o
indicador de um caminho pelo qual nós podemos desconcentrar a riqueza neste
País, na mão de poucas pessoas, por um sistema que, todas as vezes que cresceu,
foi fabricando marginais, nunca fabricando pessoas ricas; ao contrário,
diminuiu o número de pessoas ricas. Essa é uma forma, essa é uma maneira de um
Vereador, aqui do Sul, aqui de Porto Alegre, dizer para o resto do Brasil -
isso tem repercussão, Vereador - que, pelo menos, aqui na Câmara Municipal, nós temos lado, mais do que
isso, nós temos um caminho, e caminho se faz caminhando, e nós estamos
caminhando.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCL nº 025/05 com Veto
Total.
O
SR. LUIZ BRAZ: Verª
Maria Celeste, Presidente desta Casa; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras,
senhoras e senhores, o Ver. Adeli Sell falou dos “300 picaretas do Lula”. Mas
eu acredito, Ver. Adeli Sell, que esses 300 picaretas já não são mais 300,
porque depois do episódio do mensalão e de outras tantas operações escandalosas
em que seu Partido esteve envolvido, acredito que não são mais 300 picaretas,
eles aumentaram, multiplicaram-se. Assim como, Ver. João Antonio Dib, não
acredito que aqui, em Porto Alegre, fossem apenas 80 picaretas, acho que, em um
levantamento mais profundo, teríamos até mais.
Do
que nós não podemos perder o foco, nessa discussão, é que alguns anos atrás
participamos de uma discussão, em que esteve presente o então Prefeito Tarso
Genro, hoje o todo-poderoso Ministro do Governo Lula, e, naquela oportunidade,
nós argumentávamos com o Perfeito Tarso Genro que, se não baixasse a alíquota
do leasing para as duas empresas que existiam aqui, ainda, naquela
época, o que iria acontecer é que nós íamos ficar sem nenhuma empresa, porque
até hoje não se chegou à conclusão de que o pagamento do ISSQN se faz pelo
local onde está sediada a matriz da empresa de leasing, ou no local da
operação. Até hoje é, ainda, uma controvérsia nos Tribunais Superiores. Por
isso mesmo o então Prefeito Tarso Genro chegou à conclusão de que aquela seria
a melhor saída. E nós baixamos, naquela época, Ver. João Antonio Dib - V. Exª
lembra-se muito bem, porque participou junto conosco - o leasing para
2,5%. Logo em seguida, houve novamente a participação - aí já sem a intervenção
do Ver. Luiz Braz e nem do Ver. João Dib -, o próprio Prefeito Tarso Genro
acabou chegando à conclusão de que aqueles 2,5% eram muito para o leasing
e baixaram, então, naquela época, para o percentual de 1%.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Na realidade, na época, o
Prefeito baixou a alíquota para 1%, e, posteriormente, a Câmara elevou para 2%,
porque é a alíquota mínima.
O
SR. LUIZ BRAZ: Exatamente,
aliás, a Câmara foi obrigada a fazer, porque, afinal de contas, a Legislação
Federal diz que o mínimo que se pode cobrar em ISSQN, em qualquer setor, são
2%. Por isso nós tivemos que aprovar um Projeto elevando o valor da alíquota do
leasing, do ISSQN do leasing, para 2%. Inexplicavelmente, a
Bancada petista, que havia diminuído a alíquota do ISSQN para leasing
para 1%, através da ação da maior liderança que existe hoje dentro do PT, que é
o Ministro Tarso Genro, acaba sendo a maior apoiadora do Ver. Sebastião Melo no
seu intento de elevar a alíquota do leasing para o valor máximo. Ora, o
que está existindo aí, Verª Sofia Cavedon? Por que o comportamento anterior?
Porque não há explicação lógica! Ver. Adeli Sell, V. Exª é um homem inteligente
que lidera, hoje, a Bancada do PT, não há explicação, por que na época do
Prefeito Tarso Genro - hoje, superministro - era possível a alíquota de 1%? Só
não ficou 1% porque a Legislação Federal impediu. E, agora, deve exigir, porque
o Governo é outro, porque o Prefeito é outro, aí deve exigir alíquota máxima,
neste exato instante. Eu acho que nós temos de ter coerência, Verª Maristela
Maffei. Eu acho que o mínimo que nós temos de exigir de nós mesmos é coerência,
porque nós ficamos desacreditados perante a opinião pública. Se não houver
coerência, nós ficamos desacreditados perante a opinião pública, e eu não
gostaria, Verª Sofia Cavedon, que nem V. Exª e nem ninguém da Bancada do
Partido de V. Exª ficasse desacreditado, exatamente por causa dessas ações que
não podem ser explicadas em lugar nenhum, em momento nenhum.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir o PLCL nº 025/05 com
Veto Total.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Verª
Maria Celeste, Presidenta; colegas Vereadores e Vereadoras, eu acho que ficar
desacreditado é um Vereador que vem aqui e analisa a Bancada do PT; do mérito
do Projeto não analisou coisa nenhuma. Isso, sim, é que desacredita a Casa.
Acho que a gente tem que analisar o processo e buscar no processo as razões
para o nosso posicionamento, e ele é muito claro. Tem uma conversa que eu ouço
muito de que o percentual, as alíquotas em Porto Alegre são sempre muito
maiores do que as alíquotas da Região Metropolitana. Essa conversa, eu ouço há
muito tempo. E, como não é exatamente um tema que eu trabalhe bastante, não fui
atrás dessa verificação, mas, no processo que nós estamos analisando, agora, a
gente recolhe informações que negam essa constante cantilena, e é informação
trazida e assinada pelo Sr. Secretário da Fazenda, no Município, Cristiano
Tatsch. Então, nós encontramos o seguinte, Ver. Ismael, na folha 18, do nosso
processo, assinado - repito - pelo Secretário da Fazenda, Cristiano Roberto Tatsch:
foi feito um levantamento das alíquotas em três importantes cidades da Região
Metropolitana, além de Porto Alegre, para o que nós estamos discutindo aqui, o leasing,
o arrendamento comercial, e qual não foi nossa surpresa quando verificamos que
em Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo a alíquota é exatamente de 5%. Canoas,
Novo Hamburgo e São Leopoldo, grandes cidades da Região Metropolitana,
administradas por Partidos diferentes, têm alíquota de leasing, o
arrendamento, de 5%, assinado pelo Sr. Secretário da Fazenda, aqui no Processo.
Portanto, essa conversa de que, se aumentar a alíquota, as empresas vão fugir
de Porto Alegre, não tem comprovação real, é apenas um discurso sem uma
comprovação real. Um segundo ponto que me chamou muita atenção foi um argumento
colocado pelo Sr. Prefeito nas suas razões de Veto. O Sr. Prefeito diz: (Lê.)
“Portanto, a disputa que hoje se dá é, de um lado, o esforço das instituições
contribuintes em eleger o seu domicílio fiscal para a tributação de ISSQN sobre
a operação de leasing em um local onde a tributação é menor (paraísos
fiscais), [Como se viu, não estão na Região Metropolitana.] e, por outro lado,
a tentativa dos municípios de tributar as operações realizadas em seu
território. Em função desse impasse, a Prefeitura lavrou, em 2006, 52 Autos de
Infração, totalizando 2,7 milhões de reais de imposto lançado, os quais
aguardam análise do pedido de reclamação em virtude de uma melhor definição
judicial sobre a matéria, pois em caso de insucesso, o ônus sucumbencial pode
impor até 20% sobre o valor da causa para o Erário Público”. E diz na seqüência
o Sr. Prefeito que não é adequado, Ver. Dib, a gente aumentar a alíquota,
porque, se perder, nós vamos pagar mais do que pagaria com dois. Ora, pelo amor
de Deus, é a confissão de um contendor, de alguém que vai para a Justiça já com
medo de perder. Eu nunca vi uma coisa dessas! Ora, se avaliasse que o risco de
perder é grande, não deveria ir para a Justiça; se foi para a Justiça,
imagina-se, é porque tinha avaliação de que os riscos de ganhar, esses, sim,
eram maiores. E o Prefeito diz: olha, não vamos aumentar, porque, se a gente
perder, nós vamos pagar muito. Mas então foi irresponsável, se foi para a
Justiça. Se essa avaliação fosse a verdadeira, não devia ir para a Justiça. Eu
nunca vi uma coisa mais absurda, um argumento desses. Então, por favor,
desmonta aquela conversa antiga de que na Região Metropolitana, Ver. Sebenelo,
a alíquota é menor. Não está assinado pelo Secretário da Fazenda: em Canoas,
Novo Hamburgo e São Leopoldo, todas cobram 5%. Então, aquela conversa de que
vão fugir para a Região Metropolitana, não é verdade, pelo menos no caso do leasing.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCL nº 025/05 com Veto
Total.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
quero, aqui, usar as palavras do próprio autor do Projeto que sempre usa o
jargão: “discursa para os pobres e governa para os grandes”, que se aplica
perfeitamente ao Governo Fogaça. Esse Governo do nobre Ver. Sebastião Melo que,
claramente, veta um aumento de impostos para quem pode pagar, Ver. Nedel.
O
Sr. João Carlos Nedel:
V. Exª permite um aparte?
A
SRA. SOFIA CAVEDON:
Desculpe, não vou lhe conceder o aparte porque tenho um extenso tema para
desenvolver.
Sempre
fomos favoráveis, e achamos que a única solução deste País é a justiça
tributária: a desconcentração de terra, renda e poder. Desconcentração de poder
através de uma Reforma Política, através da democracia participativa;
desconcentração de terra, investindo na agricultura familiar, na Reforma
Agrária, nas cooperativas solidárias. Este País chegou ao limite da
desigualdade e precisa ser financiado, sim, o Estado público, por um IPTU
progressivo, por impostos progressivos: quem pode pagar mais, paga mais; quem
não pode pagar, não pague. Não penso que os bancos podem ficar fora disso; se
existe algo que eu posso concordar com os discursos que fazem aqui em relação
ao Governo Federal, é que não conseguimos ainda taxar o sobrelucro, o abusado,
o estratosférico lucro dos bancos, do sistema financeiro, que não produz
nada, que apenas acumula. Não entendo, ou talvez entenda, porque essa é a
lógica do Governo Fogaça, estamos em greve do funcionalismo há 12 dias; há 12
dias que os funcionários municipais paralisaram as suas atividades e a sua
indignação foi gerada por esta lógica de benefício para poucos e para os altos
salários. A lógica de gastar 20 milhões em uma gratificação para todos os
funcionários de uma única Secretaria, e esses mesmos 20 milhões permitiriam
pelo menos 2%, Ver. Haroldo, de aumento real para os funcionários ou
recuperação de perdas, como eles afirmam. Mas, não, o Governo prefere montar um
grupo de elite, criar os salários de elite, e ainda divulgar uma média salarial
que é, sim, artificial, afirmando que uma média de salário dos funcionários de
2 mil e 500 reais é uma bela média. Só que a maioria dos funcionários,
operários, muitos recebem abaixo do salário mínimo, e o Governo, agora, tem que
aumentá-los 8% para chegar ao salário mínimo, Ver. Haroldo, na faixa 2 dos
celetistas. Não é só isso: durante o Governo Fogaça, em média, 500 reais foram
reduzidos de horas extras dos operários, dos Guardas Municipais, enquanto a
Fazenda ganha altos salários, altíssimos salários; enquanto todos os CCs, ou
99% dos CCs, estão recebendo horas extras. Portanto, salários mais altos para
funcionários cujo cargo é correlato.
Então, essa é a lógica deste Governo que senta para
negociar, fazendo chantagem, que demora três dias na greve para negociar, não
senta e não negocia, e a categoria, é óbvio, tem que continuar a greve. Na
semana que passou, quarta, quinta e sexta - de novo três dias -, a categoria
chama nova assembléia, e o Município, o Prefeito Fogaça, nem sequer chama
reunião de negociação, nem mesmo a Câmara de Vereadores, tentando intermediar e
a Presidenta tentando intermediar. E hoje, na CEFOR, nós cobrávamos esse
investimento de 20 milhões para a Fazenda, que gerou o quê? Porque a Receita, o
Ver. Dib atesta, está caindo; está em queda a Receita da Prefeitura, inclusive
Receitas próprias. Portanto, não gerou nada, foi um erro estratégico deste
Governo, que não consegue acenar com 1% de recuperação de perda para os
municipários, que estabeleceu a anualidade, quando tinha se comprometido com a
bimestralidade; está gastando 46 ponto alguma coisa em relação à Lei de
Responsabilidade Fiscal. A Prefeitura da Administração Popular foi no limite, a
51% para suspender a bimestralidade, sempre honrou uma política salarial digna
para os funcionários. Portanto, não me admira que vete, aliás, me admira, Ver.
Dib, não está a Prefeitura precisando de Receita? Uma crise nos municipários;
uma crise na Saúde, pois estamos recebendo denúncia do PACS; uma crise nos
serviços, e fica
garganteando superávit? Há, na verdade, um mascaramento absurdo, mas, por trás,
uma lógica absurda de priorizar, de favorecer os amigos, de terceirizar e de
massacrar o pequeno funcionário.
(Não revisado
pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLCL nº 025/05 com
Veto Total.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Srª Presidenta, nobres Pares, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, é
difícil chegarmos aqui e ter que ouvir gente propondo aumentar mais imposto e
achando que isso é um bem para a nossa população. É difícil de acreditar.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. José Ismael Heinen,
o que eu vou dizer agora não é para V. Exª, mas eu gostaria que o Veto fosse
discutido com a seriedade que deve ser discutido e não estendendo alguns
tostões para resolver o problema dos municipários. Não é para V. Exª que eu
estou dizendo isso, porque eu sei da responsabilidade com que sempre fala.
Saúde e PAZ!
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Obrigado,
nobre Vereador. Se vamos fazer correlações, somos o país que mais cobra imposto
do mundo. Dizer que o pobre não paga imposto neste País... O pobre é o que mais
paga imposto no nosso País. Mas vamos
ao Veto deste Projeto, como democrata, por convicção própria, por isso somos
democratas, somos radicalmente contra o aumento de qualquer tipo de imposto,
porque ele, em cadeia, vai atingir a classe mais desfavorecida, seja no leasing,
seja na CPMF, seja no Imposto de Renda, seja onde for. Talvez o menos injusto
seja o Imposto de Renda. O Prefeito seria de uma infelicidade muito grande, de
uma temeridade administrativa muito grande, se ele não vetasse este Projeto.
Nós já fomos contra, quando o Projeto foi colocado em votação, porque a lei do
aumento de imposto, que é uma promessa de campanha de S. Exª, o Prefeito desta
Cidade... Ele tem a responsabilidade de uma sucumbência futura que poderá advir
para esta Cidade. E foi nisso, também, que a Administração passada do PT se
baseou para querer baixar a alíquota, com medo de chegar a um ponto de
buscarmos uma decisão legal da Justiça e pender para o lado da “banqueiragem”,
como costumam dizer. Então, eu tinha certeza de que o Prefeito iria vetar este
Projeto, muito mais em cima disso: de que se fosse para tirar dos banqueiros,
eu queria botar mil por cento; agora, botar de dois para cinco no leasing,
não é tirar dos banqueiros, não, é tirar do tomador de empréstimo, aquele que tem
empresa, que mais precisa, que mais necessita. A empresa de gente rica não faz leasing,
compra o carro direto.
Então,
vamos debater coisa séria, como disse o nosso amigo Dib. Dizer que o imposto
não vai bater em cadeia, lá, na classe mais sofredora, é outra heresia que nós
estamos ouvindo aqui, no dia de hoje. E, ademais, dizer que esses bancos do
Brasil nunca ganharam tanto... Esses dias eu estive pensando, e cheguei a uma
conclusão minha, responsabilidade minha: para que Banco do Brasil e Caixa Econômica
Federal pudessem ter essa avalanche de dinheiros a mais, a “banqueiragem”
privada entrou junto. Banco do Brasil baixa os juros, Caixa Econômica Federal
baixa os juros para ver se os juros do Brasil não baixam. Eu tenho certeza de
que a iniciativa privada, se o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal
baixarem, vai baixar o juro do Brasil também. Pagamos os juros mais caros do
mundo, e queremos aumentar o imposto, também, de repente. Não, eu acho que
somos os segundos, terceiros ou quartos no imposto; de repente, nós estamos
teimando em querer ser o primeiro País também em imposto mais caro no mundo.
Então, vamos, responsavelmente, votar pela manutenção deste Veto, pela
responsabilidade futura que poderá advir para a Administração pública deste
Município, porque não é só o Prefeito o responsável, somos nós também os
responsáveis por atitudes como essas. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Apregôo a Emenda nº 05 ao PELO nº 002/06, que dá nova redação ao caput do art.
51 da Lei Orgânica do Município, como segue: “Art. 51 - A Câmara Municipal
reunir-se-á, anualmente, de 1º de fevereiro a 16 de julho e de 1º de agosto a
22 de dezembro, salvo prorrogação ou convocação extraordinária, e funcionará em
todos os dias úteis durante a sessão legislativa, exceto aos sábados”.
Justificativa: São os mesmos prazos do Congresso Nacional e da Assembléia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Assina o Líder da Bancada do PP,
Ver. João Antonio Dib.
O
Ver. Elias Vidal está com a palavra para discutir o PLCL nº 025/05 com Veto
Total.
O
SR. ELIAS VIDAL: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, este
Vereador vem à tribuna para discutir esta matéria. O discurso que ouvi do Ver.
Sebastião Melo é bonito, porque fala dos banqueiros que faturam milhões nas
suas operações. É um discurso bonito, realmente, porque falar contra quem
fatura anualmente uma verdadeira riqueza, uma verdadeira fortuna, contra o
pobre que é massacrado, que paga seus impostos...
Eu tive dificuldade de entender o conteúdo do
Projeto, mas fui buscar mais conhecimento para tentar entender a natureza deste
Veto do Prefeito com alguns colegas que estão muito mais aprofundados com
relação a este assunto, pois a área tributária não é o meu forte. O que
acontece, na prática, de uma forma bem simples, é o seguinte: se o ISSQN, que é
de 2%, subir, as operações que são feitas aqui dentro do Município passarão a
ser realizadas em outros Municípios, como os bancos já estão fazendo - me
refiro em relação ao leasing, um arrendamento mercantil, um aluguel.
Esse leasing dos demais bancos já é realizado fora do Município de Porto
Alegre, e, segundo pesquisei, o banco que faz a operação aqui dentro do
Município de Porto Alegre, Ver. Nedel, é o Banrisul. Então, o que ocorre? Se o leasing
passar de 2% para 5%, as operações vão sair de dentro de Porto Alegre, vão
ser realizadas fora de Porto Alegre. Na realidade, é uma guerra fiscal, como as
empresas fazem para ver quem cobra menos imposto, na realidade, quem vai pagar
vai ser o tomador, o que vai assinar o contrato de leasing.
O Sr. João Carlos Nedel: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exª apanhou muito bem o
assunto. Veja, o Ver. Adeli sell está extremamente preocupado com a perda da arrecadação
do ICMS. Ora, se o leasing for mais caro em Porto Alegre, como bem V.
Exª agora falou, as operações de compra e venda de automóveis serão feitas fora
de Porto Alegre e aí nós vamos perder, Ver. Adeli Sell, mais ICMS, o que é a
grande arrecadação de Porto Alegre.
O SR. ELIAS VIDAL: Ver. Nedel, em
relação, por exemplo, àquele movimento, que conversávamos outro dia, compras de
carro em Santa Catarina, porque o IPVA é mais barato, ou seja, você oferece o
IPVA mais barato, mas em compensação ele perde outros impostos que poderiam
ficar dentro do Município e ajudar na área de segurança, transporte, educação,
saúde e etc.
O Sr. Guilherme Barbosa: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, é bem rápido. No
Processo, o Secretário da Fazenda informa que Cidades grandes da Região
Metropolitana já cobram 5%. Eu pergunto se V. Exª tem informação de qual a
Cidade da Região Metropolitana que teve uma alíquota menor?
O SR. ELIAS VIDAL: A minha
preocupação primeira é Porto Alegre, pois sou Vereador de Porto Alegre. O
entendimento que tenho, como Vereador de Porto Alegre, a minha preocupação é
com o munícipe, o que pode ficar como riqueza, aquilo que possa gerar ao
cidadão, ao munícipe de Porto Alegre, melhores condições de vida. Então, entendo
que o Veto do Prefeito, na realidade, não é a favor dos banqueiros, não é a
favor das grandes operações, que estão rendendo milhões. Mas, pelo contrário; o
Veto do Prefeito está sendo a favor do pobre, porque não está deixando que as
operações saiam de Porto Alegre, que vá para outros Estados, mas que fiquem
dentro do nosso Município para que possamos aqui dentro arrecadar mais e, com
essa arrecadação, ajudar na educação, na saúde, na segurança e outras partes
mais com o dinheiro dos impostos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra para discutir o PLCL nº 025/05.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma
Srª Presidenta, Verª Maria
Celeste, na pessoa de V. Exª quero cumprimentar os demais Vereadores e
Vereadoras desta Casa e o público que nos assiste nas galerias e pela TV
Câmara, senhoras e senhores, venho a esta tribuna, hoje, na Ordem do Dia,
manifestar-me a respeito do Veto do Prefeito com relação ao Projeto de autoria
do Ver. Sebastião Melo, que instituiu o percentual de cobrança do imposto ISS
sobre operações de leasing.
Primeiramente,
queria me manifestar aqui, Ver. Brasinha, no sentido de que entendo que toda
esta discussão e o encaminhamento feito pelo Ver. Sebastião Melo contribuem
para o debate do encaminhamento deste tema. Por quê? Porque até um passado
recente, o sistema financeiro, em Porto Alegre, não pagava nada com relação a
tributos referentes a operações de leasing na nossa Capital. Por quê?
Porque, lá no cantinho, Verª Neuza Canabarro, naqueles processos e
encaminhamentos de contrato, onde já vem pronta a impressão, vinha escrito:
“Barueri - São Paulo ou Porto Alegre -, São Paulo”. E o imposto devido pela -
digamos assim - transação ou pelo fato gerador do negócio que gerou aquele leasing
que se constituiu e se efetivou aqui em Porto Alegre, ele era recolhido lá em
São Paulo! Então, eu quero dizer, inicialmente, que a iniciativa do Governo em
estar cobrando, atualmente, os 2%, é meritória, porque esse é o imposto que é gerado
através de operações e através da movimentação financeira dos porto-alegrenses.
Então, primeiramente e preliminarmente, Ver. Elias Vidal, eu entendo que este
encaminhamento a respeito da cobrança do ISS sobre o leasing das
operações feitas em Porto Alegre é devido aqui para Porto Alegre. Este é um
ponto inicial, e acho que todos os Vereadores que se manifestaram nesta tribuna
têm essa intenção e a compreensão de que o que é gerado a partir de movimentos,
de operações de compras, de arrendamento mercantil, que é o que configura o leasing,
quando ocorridos em Porto Alegre, devem gerar imposto para Porto Alegre.
Agora,
se o Prefeito Fogaça entende que o imposto devido não deva ser de 5% e, sim, de
2%, eu entendo que devemos respeitar essa posição do Prefeito, porque existe,
hoje, esse entendimento de que é melhor receber 2% do que não receber nada,
Professor Garcia. E, aí, eu tenho que me somar a esse entendimento, porque quem
concorda que receber 5% é melhor para o Município tem razão, mas quem acha que
nós vamos receber 5%, no meu entendimento, está equivocado, porque nós não
vamos receber 5%; quem vai receber será Canoas, Gravataí, Cachoeirinha, onde se
instalarão os escritórios que fornecerão os contratos de leasing, com as filias em Porto Alegre. E mais um debate jurídico
será gerado em cima dessa problemática a respeito da cobrança do ISS sobre o
arrendamento mercantil. Então, eu entendo que, neste momento, para quem não
cobrava nada, 2% é uma contribuição importante. Eu também entendo que nós
devemos trazer esse tipo de debate para esta Casa, porque outras operações
também são devidas e não estão sendo recolhidas para Porto Alegre, como o são
todas as movimentações financeiras de bancos, que também não deixam de ser um
serviço, e que sobre elas também não incide o ISS, Vereador.
O Sr. Elias Vidal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Eu só quero
parabenizá-lo, Ver. Bins Ely, pela forma didática e muita clara com que V. Exª
está colocando o seu posicionamento, pois V. Exª o está colocando por um outro
ângulo. Outros Vereadores fizeram, aqui, a sua defesa, assim como eu também fiz
nessa mesma direção, mas eu acho que V. Exª está-nos colocando o seu
entendimento de uma forma muito clara, muito didática, ou seja, está-se fazendo
entender. O que é melhor: os 5% que nós não vamos ganhar, ou os 2%? Melhor os
2%. Então, eu só queria parabenizá-lo pela lógica, e pela forma clara com que
V. Exª está-nos colocando o seu entendimento. Obrigado.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Eu agradeço o seu aparte, Ver. Elias, e
gostaria, também, de encaminhar no sentido da construção de avanços que devem
ser dados passo a passo. Ninguém começa uma corrida correndo uma maratona;
primeiro, a pessoa corre dez quilômetros, depois corre a meia-maratona. Nós
temos que fazer a mesma lógica no que diz respeito à arrecadação de impostos:
se hoje nós não estamos recolhendo nada, e nós passaremos a recolher 2%, já
teremos uma Receita de 2%. Mas se nós, do nada, tentarmos passar para os 5%,
talvez, pela compreensão do Poder Executivo, isso poderia surtir um efeito
contrário. Então, eu gostaria de me manifestar nesse sentido.
O Sr. Guilherme Barbosa: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Acabou o tempo de V. Exª, Ver. Márcio
Bins Ely.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Peço desculpas e concedo o aparte a V.
Exª numa outra oportunidade. Obrigado, Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregôo a Emenda de Liderança nº 05 ao
Substitutivo nº 01 do PLCL nº 012/06, que dispõe sobre a instalação individual
de hidrômetro nas edificações verticais residenciais e nas de uso misto nos
condomínios residenciais de Porto Alegre, em conformidade com o Inmetro e
demais disposições legais e técnicas aplicáveis, e revoga o art. 12 da Lei
Complementar nº 170, de 31 de dezembro de 1987, com redação dada pela Lei
Complementar nº 423, de 18 de setembro de 1998. Inclua-se no § 2º do artigo 7º
do Substitutivo nº 01 ao Processo nº 3168/06, após a expressão
‘responsabilizando-se o condomínio’, a expressão ‘pelo custo é’. Justificativa
da Tribuna”. Assina o Líder da Bancada do PP, Ver. João Antonio Dib.
A
Mesa apregoa Emenda de Liderança nº 04 ao Substitutivo nº 01 ao PLCL nº 012/06
Lê.): “Dê-se nova redação ao artigo 8º do Substitutivo nº 01 ao Processo nº
3168/06, como segue: Art. 8º - A partir da data da publicação desta Lei
Complementar, as edificações condominiais residenciais, comerciais e mistas já
existentes, se desejarem adaptar-se ao novo processo, terão que apresentar
projeto ao Departamento Municipal de Água e Esgotos - DMAE. Justificativa: em
muitíssimos imóveis já existentes é absolutamente inviável a colocação de
hidrômetros individuais, ainda que o prazo seja bastante longo (10 anos) para
adaptação. Seria um investimento que dificilmente seria recuperado, além das
dificuldades de projeto”. Assina o Líder da Bancada do PP, Ver. João Antonio
Dib.
A
Mesa apregoa Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 ao PLCL nº 012/06 (Lê.): “Dá nova
redação ao parágrafo único do artigo 1º do Substitutivo nº 01 ao PLCL nº
012/06, acrescentado pela Emenda de Liderança nº 02, que passa a ter a seguinte
redação: ‘Art. 1º - Parágrafo Único: Estão dispensados da obrigatoriedade a que
se refere o caput deste artigo, os condomínios residenciais, comerciais e mistos,
existentes à época da publicação desta Lei Complementar, excetuando-se as
edificações originárias de programas habitacionais populares. Justificativa: a
presente Emenda pretende garantir o caráter social do projeto, garantindo às
edificações originárias de programas populares, inclusive as já existentes, a
individualização da mediação, nos termos do que dispõe o art. 6º do
Substitutivo nº 01 ao Projeto”. Assina o Líder da Bancada do PT, Ver. Adeli
Sell.
Não
há mais quem queira discutir o PLCL nº 025/05 com Veto Total. Em votação.
(Pausa.)
O
SR. ALCEU BRASINHA (Requerimento):
Srª Presidente, solicito verificação de quórum.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Solicito
a abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, conforme requerido
pelo Ver. Alceu Brasinha. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Registro a
presença de oito Vereadores, portanto, não há quórum. Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h29min.)
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